Buraco Azul no Ceará será interditado por conter metais pesados

Na verdade, o Buraco Azul não é um ponto turístico. O local fica em Juazeiro do Norte (CE) e atraiu banhistas nos últimos dias

atualizado 17/03/2023 16:27

A Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte (Amaju) deve interditar o Buraco Azul, em Cruz (CE), a partir deste sábado (18/3). Segundo o superintendente do órgão, José Eraldo Oliveira Costa, a decisão ocorre após o lugar atrair banhistas devido a publicações nas redes sociais divulgando o local como um ponto turístico.

Na verdade, o Buraco Azul é uma mina em processo de desativação. As águas de tons azuis e verdes são impróprias para banho devido à presença de metais pesados. A Amaju solicitou, por meio de ofício, um cercamento e fechamento da área com portão com fechadura ou cadeado.

Essa medida visa evitar que a população viole a propriedade privada. Além disso, o órgão pediu que seja realizada a instalação de placas de entrada proibida e risco de acidente no local. As autoridades alertam que a área não é um espaço adequado para recreação e lazer.

Veja alguns registros feitos no Buraco Azul:

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Ao O Povo, o superintendente da Amaju disse que a cor esverdeada das águas é provocada por reações químicas entre a água da chuva, as rochas, a luminosidade e os metais pesados. “Não é uma água própria para banho e, tampouco, potável”, afirmou Costa.

“Além do mais, doenças graves poderão emergir, de agressão ao tecido do fígado, como também do pâncreas. Nós já solicitamos a presença das autoridades, convocamos os proprietários e os responsáveis”, declarou Costa.

Na última quinta-feira (16/3), os donos da propriedade registraram um boletim de ocorrência denunciando as invasões, nas quais “as pessoas vão até lá para tomar banho e beber”.

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Ainda no BO, eles afirmam que Buraco Azul “oferece riscos de desmoronamento” e alegam preocupação “porque nunca houve um estudo e as devidas licenças para tais práticas”.

Para Costa, “é necessário que as pessoas entendam que não podem participar, e as instituições de turismo não devem fomentar esse sentimento de lazer e recreação naquela área”.

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