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Bolsonaro insinua que Wyllys vendeu mandato e o chama de “menina”

O deputado reagiu a acusação do chefe do Palácio do Planalto de que ele teria comprado mandato de Jean Wyllys

atualizado

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Diego Vara/Agência RBS
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1 de 1 247177-jean-wyllys-cospe-em-direcao-a-bolsonaro - Foto: Diego Vara/Agência RBS

O deputado federal David Miranda (PSol-RJ) reagiu a falas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que considerou “homofóbicas” e o acusou de espalhar fake news (notícias falsas).

O parlamentar publicou um vídeo em seu perfil no Twitter após o chefe do Palácio do Planalto dizer, em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, que as acusações contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, fariam parte de uma trama do jornalista Glenn Greenwald e seu marido, o deputado David Miranda.

Na curta declaração de Bolsonaro, ele diz que David Miranda teria comprado o mandato de Jean Wyllys (PSol-RJ) e, em troca, lhe pagaria uma espécie de mesada. Wyllys  deixou o país após ameaças de morte. 

A tese circula nas redes sociais desde quando Wyllys se anistiou. No fim de janeiro, o parlamentar desistiu do mandato e deixou o Brasil. “Quero cuidar de mim e me manter vivo”, afirmou, à época. Após a publicação das conversas, David Miranda também disse ter recebido ameaças. 

“Menina”
Na mesma entrevista, Bolsonaro chamou o ex-deputado, que hoje vive no exterior, de “a outra menina lá”. “Não vi nada de anormal até agora”, disse, sobre os vazamentos das conversas envolvendo Moro e integrantes da Lava Jato, ao dizer que o manterá no cargo por ser um “patrimônio nacional”.

Ele justificou. “Esse pessoal daquele casal né, aquele casal lá, um deles esteve detido na Inglaterra há pouco tempo por espionagem, o outro aqui tem suspeita de vender o mandato, e a outra menina, namorada de outro, que tá lá fora do Brasil. É uma trama”, afirmou.

David não gostou. “Bolsonaro insiste na fake news estapafúrdia de que Jean me vendeu o mandato, e em seguida se refere a Jean como a “menina” que deixou o país. É vergonhoso o nível do Presidente da República. Além de tudo, Bolsonaro comete o crime de homofobia, recentemente reconhecido pelo STF (Supremo Tribunal Federal)”, escreveu nas redes sociais.

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