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Bolsonaro fala a apoiadores após quase 40 dias; leia principais pontos

Chefe do Executivo decidiu sair do interior do Palácio da Alvorada minutos após a derrota da Seleção Brasileira para a Croácia

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Bolsonaro (PL) no Alvorada após falar com apoiadores
1 de 1 Presidente Bolsonaro (PL) no Alvorada após falar com apoiadores - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Após quase 40 dias sem falar diretamente para apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro (PL) apareceu por cerca de 2o minutos para um grupo de mais de 200 pessoas que estava no Palácio da Alvorada, residência oficial, nesta sexta-feira (9/12).

Bolsonaro tocou em diversos temas que permearam os seus quatro anos de governo. Entre eles, liberdade de expressão, o papel das Forças Armadas, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja algumas frases de Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada na tarde desta sexta:

“Se estou aqui é porque acredito em Deus e devo lealdade para o povo brasileiro. Nós despertamos o patriotismo no Brasil, o povo voltou a admirar sua bandeira. Não é fácil enfrentar todo o sistema. Muitas vezes vocês têm informações que não procedem. Pelo cansaço, pela angústia e pelo momento, passam a criticar.”

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“Tenho certeza que entre as minhas funções garantidas na Constituição é ser o chefe das Forças Armadas. As Forças Armadas são essenciais em qualquer país do mundo. Sempre disse ao longo desses quatro anos, elas são o último obstáculo para o socialismo. As Forças Armadas, tenho certeza, estão unidas e devem, assim como eu, lealdade ao nosso povo, respeitam a Constituição e são um dos grandes responsáveis pela nossa liberdade.”

“Obviamente, não estou aqui quebrando o silêncio, estou falando algo que sempre disse a todos vocês. Alguns falam do meu silêncio. Há poucas semanas, se eu saísse aqui e desse ‘bom dia’, tudo seria deturpado, tudo seria distorcido. Todos nós sabemos o que aconteceu ao longo desses quatro anos, ao longo do período eleitoral e o que foi anunciado pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. O Brasil não precisa de mais leis, o Brasil precisa que suas leis sejam efetivamente cumpridas. Nós temos assistido dia após dia absurdos acontecerem aqui em nossa pátria.”

“Nós defendemos o direito dessa pessoa falar o que bem entender. Mas devemos trazê-la para o nosso lado, o lado da verdade, da honestidade, do respeito, da família, da liberdade de expressão e religiosa. Somente assim nós podemos ser um Brasil realmente grande para todos nós.”

“Vocês lembram daquela sessão secreta que eu tive com ministros? Que não tinha nada de secreta. Trinta pessoas, trinta e cinco naquela sessão. E depois eu entreguei o DVD para o Supremo Tribunal Federal (STF) porque ali estaria a prova de interferência minha na Polícia Federal. Podia não ter entregue, mas se não tivesse entregue, até hoje estaria com um fantasma da interferência na Polícia Federal.”

“Entreguei a fita. Essa fita, que a imprensa ficou divulgando aí, a conta gotas, [inaudível] liderada pelo Supremo Tribunal Federal, com uma reunião que vocês veem um homem, um presidente, com o coração, defendendo seu povo. Nada ali foi um teatro. Uma das coisas mais importantes que eu disse ali [foi] “como é fácil impor uma ditadura no brasil”. está lá, um vídeo de abril de 2021. São verdades. A verdade dói. Quantos amigos nós não perdemos por falar a verdade por eles? Quantas vezes nós não nos irritamos quando dizem a verdade para nós?”

“E hoje estamos vivendo um momento crucial, uma encruzilhada. Um destino que o povo tem que tomar. Quem decide o meu futuro, por onde eu vou, são vocês. Quem decide para onde vai (sic) as Forças Armadas são vocês. Quem decide para onde vai o Senado são vocês também.”

“Se temos críticas, [se] erramos, [se] não tivemos o devido cuidado em escolher a pessoa certa… Mas as coisas vão mudando. Nada como o tempo para fazer cada um de nós melhor. Eu só posso ser feliz, se vocês também forem felizes. E também devemos pensar exatamente dessa maneira.”

“Qual o futuro do Brasil? Não vou falar do outro lado político, mas qual o futuro do Brasil? O que aconteceu? Por que chegamos a esse ponto? Demoramos a acordar, [mas] nunca é tarde para acordarmos e sabermos da verdade. Logicamente, quanto mais tarde você acorda, mais difícil é a missão.”

“Não é ‘eu autorizo’, não. É o que eu posso fazer pela minha pátria, não é jogar a responsabilidade para uma pessoa. Eu sou exatamente igual a cada um de vocês que está aqui. Temos sangue, carne, osso, sentimentos. Nós somos um amontoado de moléculas ou átomos que temos (sic) alma, temos sentimentos. Estamos aqui por algo divino. Não haverá outra explicação. Estamos sendo provados aqui na Terra. E [inaudível] não é fácil. Estou há praticamente quarenta dias calado. Dói, dói na alma.”

“Sempre fui uma pessoa feliz no meio de vocês. Mesmo arriscando minha vida no meio do povo, como arrisquei em Juiz de Fora, em setembro de 2018. Quase eu deixei essa Terra. Se a facada tivesse sido fatal, vocês sabem quem seria o presidente do Brasil. Vocês sabem onde nós estaríamos durante a pandemia. Seguramos muita coisa, nos sacrificamos, raramente um momento de alegria, de férias. Mas fiz isso e entendi que tudo que fiz foi para o meu país e para minha pátria. Mas também, além de perguntar para Deus que mal eu fiz para merecer isso, muitas vezes… Obrigado a Deus por essa oportunidade.”

“A minha vida está em risco o tempo todo, mas quem de nós, mais de 200 milhões de pessoas, pode ter que morrer antes de ser presidente da República Federativa do Brasil e poder ajudar no direcionamento da sua pátria. O Brasil, mesmo com pandemia, com guerra lá fora, com crise [inaudível]. Nós vencemos. A economia está aí, praticamente com pleno emprego. Contando os informais são pouco mais de 100 milhões de pessoas empregadas. O Brasil está pronto para dar um salto. ‘O que aconteceu?’ O que aconteceu foi que a gente esperava condições normais e não foi o que aconteceu.”

“Nunca vi no mundo o povo ir à rua pedir para um presidente ficar. Eu só vi, ao longo dos 67 anos, o povo ir à rua para tirar presidente. Nunca vi para ficar.”

“Eu perguntava: ‘O poder emana do povo?’ Depende de quem o povo escolhe para representar. Se emanasse do povo somente pelo povo, Cuba não seria uma ditadura. Devemos ver o que aconteceu em outro países [ sinal interrompido] Nada está perdido. O ponto final somente com a morte. Nunca saí de dentro das quatro linhas da Constituição e acredito que a vitória virá também dessa maneira. Dou a minha vida pela minha pátria. A vida física. Não é se matar pela pátria de trabalhar, o que é natural. A vida física, se preciso for.”

“Temos como mudar o futuro da nossa nação. Com o mesmo ingrediente, ninguém pode fazer um bolo diferente. Desse ingrediente que temos agora pela frente, nós já sabemos lá atrás o que aconteceu. Vocês também estão aqui. Não é por mim, é pelo futuro do nosso país. Esse país… não existe nada igual no mundo. Então o que eu digo para vocês [é que] vamos acreditar, vamos nos unir. Criticar só quando tiver certeza absoluta, buscar alternativas. E cada um ver o que ele pode de fato fazer pela sua pátria.”

“Algumas pessoas aqui na frente eu reconheço… o que já perderam? O que poderão perder mais ainda? Conheço o terror de um monte de vocês, que não é diferente do meu temor. Eu vejo crianças na minha frente. eu tenho uma filha de 12 anos. Todos nós aqui temos família. Todos nós temos filhos, netos, sobrinhos e nós não podemos esperar chegar lá na frente e olhar para trás e dizer “o que eu não fiz lá atrás para chegarmos nessa situação de hoje?”. Sabemos que o tempo voa. Cada minuto a menos. Vamos fazer a coisa certa. Diferentemente de outras pessoas, vamos vencer.”

“Estamos nos manifestando de acordo com as nossas leis. Vocês são cidadãos de verdade. Está na hora de parar de ser tratado como outra coisa aqui no Brasil. Acredito em vocês. Vamos [ inaudível] nosso país se Deus quiser. Tudo dará certo, no momento oportuno. Muito obrigado.”

Encontro após derrota

O chefe do Executivo decidiu sair do interior do Palácio da Alvorada minutos após a derrota da Seleção Brasileira para a Croácia, que eliminou o Brasil da Copa do Mundo do Catar. Desde antes do fim da partida, apoiadores do presidente se concentraram próximo ao gramado do palácio presidencial e começaram a gritar pelo mandatário.

Ao lado do presidente, estavam aliados como o general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa à reeleição; e o ex-ministro do Turismo Gilson Machado. No meio dos manifestantes, estava o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio.

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