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Bolsonaro: equipe e parlamentares estudam extensão do auxílio emergencial

Presidente voltou a repetir que benefício “não pode ser eterno”, porque isso representaria endividamento do país

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em agenda em Alcântara, no Maranhão, nesta quinta-feira (11/2), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a equipe do governo e parlamentares discutem a extensão do auxílio emergencial por mais alguns meses.

Sem fornecer maiores detalhes sobre a proposta de prorrogação, o mandatário da República defendeu que o benefício não pode ser eterno, porque isso representaria endividamento do país.

“No momento, a nossa equipe, com parlamentares, estudamos a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial, que repito: o nome é emergencial. Não pode ser eterno, porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E nós sabemos que o povo brasileiro quer, na verdade, é trabalho”, anunciou o chefe do Executivo.

O auxílio chegou a ser de R$ 600 (o dobro para mulheres que têm filhos), gerando um custo de R$ 300 bilhões aos cofres públicos em 2020.

Bolsonaro destacou que foram destinados R$ 13 bilhões só para o estado do Maranhão. “Isso porque nós entendíamos, com o Parlamento, que havia a necessidade de socorrê-los. Porque, com a pandemia, houve muito fechamento de postos de trabalho, e vocês necessitavam de algo para ajudar na sobrevivência”, ressaltou.

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Pressão

Na quarta-feira (10/2), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que é preciso responsabilidade fiscal diante da pressão por um novo auxílio emergencial.

A classe política pressiona o governo a retomar o pagamento. A principal proposta aventada é o pagamento de três parcelas de R$ 200, a serem concedidas apenas aos trabalhadores informais que não recebem o Bolsa Família.

A ideia é que sejam beneficiados apenas os brasileiros que participarem de curso de qualificação profissional. O programa está orçado em R$ 6 bilhões e ainda não tem previsão de quando deve entrar em vigor.

Já na manhã desta quinta-feira (11/2), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que espera de Paulo Guedes uma solução imediata para bancar a criação de um novo auxílio emergencial para pessoas mais necessitadas durante a pandemia do coronavírus.

“É importante que mantenhamos o ritmo. Instalamos a CMO (Comissão Mista de Orçamento), já mandamos a reforma administrativa para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), aprovamos a autonomia do Banco Central, que é muito importante para segurança monetária. Estamos fazendo a nossa parte”, apontou o parlamentar.

Agenda no Maranhão

O mandatário da República participou de cerimônia de entrega de 125 títulos de propriedade rural, no Centro de Lançamento de Alcântara. Além de quilombolas, famílias que moram em agrovilas também receberam o título em Alcântara.

O presidente tem feito viagens semanais pelo país às quintas-feiras. Na semana passada, ele esteve em Cascavel (PR) e em Florianópolis (SC).

Acompanham o presidente, na viagem presidencial desta quinta, os ministros Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Milton Ribeiro (Educação) e Gilson Machado (Turismo), além do senador Roberto Rocha (PSDB-MA).

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