Ao participar de confraternização com a cúpula das Forças Armadas, nesta quarta-feira (9/12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reclamou que procuram “com lupa” defeitos no governo e que os momentos de conforto se devem ao fato de poder contar com os militares diante de “qualquer imprevisto”.
“O Brasil olha para nós. Tem um presidente e um vice que são militares. Buscam com lupa possíveis defeitos, de toda maneira, até mesmo nos desacreditar”, disse o chefe do Executivo.
“Os momentos de conforto que tenho, em grande parte, é pela certeza de que, havendo qualquer imprevisto, as Forças Armadas estarão prontas para cumprir o seu dever e ajudar o próximo”, continuou.
O presidente, durante o evento, foi elogiado por ter privilegiado a carreira militar, que obteve reajustes e condições de trabalho diferenciadas, como ocorreu com a reforma da Previdência, que deixou de fora militares de alta patente.
Ao acessar o palco para fazer o discurso, Bolsonaro tropeçou no degrau e quase caiu. Ele acabou usando o bom humor e disse que só não caiu porque é capitão, mas que, se fosse general, teria caído.

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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Ministro da Defesa, Fernando AzevedoRafaela Felicciano/Metrópoles

Comandante da Aeronáutica, BermudezRafaela Felicciano/Metrópoles

Vice-Presidente Hamilton Mourão e Ministro Fernando AzevedoRafaela Felicciano/Metrópoles

Presidente Jair BolsonaroRafaela Felicciano/Metrópoles
Durante o almoço, Bolsonaro exaltou a “gratidão” como o sentimento preponderante entre ele e os militares. “O que é importante entre nós é a gratidão. É o maior sentimento que nós temos. Não podemos esquecer disso”, completou.
“Se eu cheguei, todos podem chegar. O caminho é um só: amar a sua pátria, falar a verdade, para quem crê em Deus acima de tudo. A missão não é fácil, mas Deus não nos dá uma cruz mais pesada do que a que podemos carregar”, disse o presidente.
“Todos nós que integramos o governo agora queremos, no futuro, entregar para quem vier me substituir um país melhor do que aquele que pegamos no início do ano passado. Começamos com situação triste, como foi o caso de Brumadinho. O último, a questão da energia elétrica no estado do Amapá. Quem, nos dois episódios, estava na frente, para minorar a dor dos nossos irmãos, eram os militares”, elogiou Bolsonaro.
O almoço foi uma confraternização de fim de ano com a cúpula das Forças Armadas. O evento ocorreu no Clube da Aeronáutica, em Brasília, e contou com cerca de 50 generais, com graduação de 4 estrelas. Toda ala militar do governo acompanhou o presidente, exceto o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Também participou da reunião o vice-presidente Hamilton Mourão. Outra ausência foi a do comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, que sofreu um acidente e quebrou a perna.