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Bolsonaro ataca “ações autoritárias”: “Aparências favorecem tiranos”

Postagens foram feitas na data em que Fachin restringiu efeitos de decretos do presidente que flexibilizaram as regras sobre armas de fogo

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Jair Bolsonaro participa do Diálogos com os Candidatos à Presidência, feito pela Unecs
1 de 1 Jair Bolsonaro participa do Diálogos com os Candidatos à Presidência, feito pela Unecs - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Na data em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin restringiu efeitos de decretos do presidente Jair Bolsonaro (PL) que flexibilizaram as regras sobre armas de fogo no país, o mandatário foi às redes sociais criticar “ações autoritárias” de “verdadeiros tiranos” e falar sobre o “mal” que é viver de “aparências”.

A declaração também veio na noite em que a terceira rodada da pesquisa Ipec para intenção de votos foi divulgada. Bolsonaro oscilou um ponto para baixo dentro da margem de erro, de 32% para 31%, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apareceu estável com 44%.

“Uma ação autoritária nunca é assim chamada por seu autor. Pelo contrário, ela aparenta combater supostas ameaças para que seja legitimada”, escreveu o presidente. “Assim, abusos podem ser cometidos sob o pretexto de enfrentar abusos. Esse é o mal das aparências, elas favorecem os verdadeiros tiranos”, completou.

A decisão de Fachin desta segunda foi deferida devido ao início da campanha eleitoral e ao “risco de violência política”. Bolsonaro, no entanto, avaliou a liminar como “violação de direitos” e “perseguição”. “O final inevitável deste caminho autoria é a completa tirania”.

Siga o fio dos posts do presidente:

Na thread, o presidente afirmou que o Brasil viveu um “mundo de aparências, anestesiado por uma falsa sensação de paz e harmonia propagada pela mídia”, onde políticos “conspiravam” contra o povo.

“Na aparência, o mal pode ser facilmente confundido com o bem. A vantagem acaba sendo de quem finge mais. Eu poderia muito bem me adequar a isso e me tornar a voz do establishment, mas jamais trocaria a minha alma e a minha consciência pelo aplauso de meia dúzia de vagabundos.”

Bolsonaro ainda voltou a defender que a flexibilização das leis sobre armas de fogo atenta contra a Constituição e a liberdade dos brasileiros.

Decisão de Fachin

Os pedidos contra os decretos que  flexibilizaram as regras sobre armas de fogo no país foram feitos pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). As ações aguardam julgamento pelo plenário virtual da Corte desde 2021, após pedido de vista do ministro Nunes Marques, mas Fachin decidiu nos processos paralelos em razão da urgência das eleições.

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O que Fachin decidiu:

  • A posse de armas de fogo só pode ser autorizada às pessoas que demonstrem concretamente, por razões profissionais ou pessoais, possuírem efetiva necessidade;
  • Aquisição de armas de fogo de uso restrito só pode ser autorizada no interesse da própria segurança pública ou da defesa nacional, não em razão do interesse pessoal; e
  • Limites quantitativos de munições adquiríveis se limitam àquilo que, de forma diligente e proporcional, garanta apenas o necessário à segurança dos cidadãos.

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