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Blocos dizem que é difícil montar estrutura agora para Carnaval no RJ

Ligas de blocos afirmam que seria inviável fazer o evento de rua em abril de 2022. Riotur diz que precisa de um ano para planejar desfiles

atualizado

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Fernando Maia | Riotur
Carnaval de rua no Rio
1 de 1 Carnaval de rua no Rio - Foto: Fernando Maia | Riotur

Rio de Janeiro – As ligas dos blocos de rua do Carnaval do Rio de Janeiro afirmaram que não seria possível ter uma estrutura adequada para ter desfiles no Feriado de Tiradentes, em abril de 2022. A fala vem um dia após a Riotur afirmar que é inviável ter carnaval de rua apesar do momento de queda na pandemia da Covid-19 na cidade.

Presidente da Liga da Sebastiana, a principal dos blocos cariocas, Rita Fernandes, afirmou que os organizadores e até os patrocinadores desanimaram com o cancelamento do Carnaval em fevereiro. Agora, não seria possível dar a melhor estrutura para que tudo ocorra bem.

“A gente e o patrocinador perdemos um ânimo quando houve um cancelamento em fevereiro. Estava tudo pronto, mas ficamos desanimados principalmente quando o patrocínio não ficou confirmado para abril. Acima de tudo, a gente sabe que a Riotur não vai conseguir oferecer o que a gente precisa para colocar o bloco na rua”, diz Rita em entrevista ao Metrópoles.

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O Carnaval do Rio está marcado para acontecer entre os dias 21 e 24 de abril, mas apenas para os desfiles das escolas de samba na Sapucaí e na Estrada Intendente Magalhães, na zona norte.

Já o Carnaval de rua, antes programado para fevereiro, foi cancelado devido ao avanço da variante Ômicron na capital. Os números da doença diminuíram e até mesmo o uso obrigatório de máscaras em locais fechados foi liberado, o que mostra que a situação está sob o controle.

“Para gente, dá tempo de preparar o bloco e ir para rua. Nosso Carnaval ficou pronto para fevereiro. Então, se tivesse a possibilidade de fazer, seria tranquilo. O que aconteceu é que estava circulando um boato de que o Carnaval de rua poderia sair em abril. É impossível ou praticamente impossível a prefeitura viabilizar uma estrutura para todos”, disse Rodrigo Rezende, presidente da liga dos blocos do Amigos do Zé Pereira.

“Melhor em 2023”

As ligas falam das dificuldades de colocar blocos na rua sem banheiros químicos, sem fechamentos de ruas e segurança, como efetivos de policiais militares e guardas municipais.

“Nosso bloco, a Sebastiana, é muito grande. Não temos como desfilar sem o aparato do controle de trânsito e banheiro químico, por exemplo. Então achamos melhor deixar para 2023”, diz Rita Fernandes.

A Riotur, responsável pela organização, explica que é preciso de um ano inteiro de organização para os blocos desfilarem. Por isso, não existe a menor possibilidade de isso mudar agora, já que não seria algo factível.

Outro ponto levantado pela secretária é que a empresa Dream Factory Comunicação e Eventos S.A foi a única a entregar proposta para a prefeitura, com o patrocínio da Ambev no valor de quase R$ 39 milhões. O valor não foi pago já que o evento foi cancelado. 

Em nota, a Riotur disse que não há tempo hábil para organizar o carnaval de rua com estrutura necessária para os blocos e foliões.

“Caso acontecesse o Carnaval de Rua agora, teria que ainda dar tempo do patrocinador dos blocos fazer um aporte financeiro para os desfiles acontecerem como acontece normalmente. O esquema do bloco de rua é diferente da escola de samba. O bloco até poderia acontecer em 2022, mas pelo contexto, não é viável”, completou Rezende.

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