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“Bala ruim da peste”: quem é o vendedor sincero, fenômeno nas redes

Evandro Silva, de 26 anos, é morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Nas redes, soma mais de 400 mil seguidores

atualizado

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Arquivo pessoal
Vendedor Sincero, Evandro Silva
1 de 1 Vendedor Sincero, Evandro Silva - Foto: Arquivo pessoal

Rio de Janeiro – Reconhecido por suas falas marcantes como “caiu no chão, quebra!” e “bala ruim da peste”, o ambulante Evandro Silva, de 26 anos, é um fenômenos nas redes sociais. Com mais de 400 mil seguidores, o vendedor sincero usa o humor para ganhar novos clientes.

Ao Metrópoles, Evandro, que mora em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, conta que começou com a tática de vendas ao perceber que simplesmente oferecer seus produtos não funcionava mais. “Quando falamos bem, as pessoas não querem. Comecei a falar a verdade, não como mesmo aquelas balas”, brinca.

O trabalho de ambulante começou quando ainda tinha 16 anos, com o intuito de ajudar a família com as contas da casa. Pouco depois, entrou em um projeto social, chamado Fábrica de Líder, para ajudar pessoas em situação de rua.

“Para o projeto eu vendia chaveiros e tínhamos umas missões. Já fui para São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Brasília e Bahia, por exemplo”, explica.

No entanto, por todos os lugares que passava, muitos rejeitavam seus chaveiros. A mudança de cenário aconteceu quando uma mulher o filmou reclamando dos produtos, no Guarujá, litoral paulista.

“Ela achou engraçado que eu disse que o chaveiro era ‘feio da peste’. Falei ‘me ajuda comprando essa desgraça’. Ela filmou e publicou, eu nem sabia. Foi aí que começaram a me conhecer”.

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Situação difícil e o sucesso nas redes

Com a fama que ganhou nas redes sociais e com o bom humor, Evandro revela que as vendas aumentaram: “O que aproxima o cliente do vendedor é o humor, então as pessoas passaram a comprar mais, porque eu arranco um sorriso, elas não esperam que eu fale mal dos produtos”.

De uma família bem humilde, Evandro é o irmão do meio de três, e vive junto com a mãe e os irmãos, em Nova Iguaçu. “A gente é pobre. A situação deu uma melhorada, hoje cada um tem um quarto. Mas não temos nossa própria casa, estamos tentando”, afirma.

Segundo ele, o sucesso nas redes o fez pensar em se aprimorar e publicar mais conteúdos, para, quem sabe um dia, realizar seus sonhos. “Quando Deus quiser, vou conseguir realizar alguns projetos que tenho, como esse que participei, que tira as pessoas da rua”, disse.

“Eu ainda tenho mais dois sonhos: trabalhar com televisão e conhecer o [humorista] Carlinhos Maia. O segredo de conseguir é não desistir”, completa.

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