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Bailarina é hostilizada por policiais federais : “Solta aí as tranças”

Polícia Federal garantiu que não houve abusos em abordagens, mas, mesmo assim, vai investigar eventual infração

atualizado

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captura de tela mulher negra com tranças
1 de 1 captura de tela mulher negra com tranças - Foto: Reprodução

Após a repercussão do caso da pesquisadora Samantha Vitena, uma mulher negra expulsa de um voo na Bahia, no que foi apontado como uma abordagem racista, um segundo caso envolvendo a Polícia Federal viralizou nas redes sociais.

Desta vez, quem denunciou racismo durante uma abordagem policial foi a dançarina Marcelly Batista, ex-bailarina do Faustão. Em vídeo gravado em um aeroporto de Rondônia nesse sábado (29/4), ela afirma que um policial federal pediu que ela tirasse as tranças, símbolo de ancestralidade para mulheres negras.

“Tava aqui sentada no aeroporto de Rondônia. Aí do nada o pessoal da Polícia Federal, do nada, me pararam (sic), me levaram pra sala, sozinha, revistaram a bolsa, mandaram soltar a trança. [Disseram] ‘Solta aí a trança'”, narrou a mulher, em uma live nas redes sociais.

Segundo Marcelly, o policial ainda pediu que ela entregasse o celular dela e a senha. “Na inocência, porque nunca fui abordada, eu dei. Viu a mensagem com meu namorado, viu a mensagem do grupo para ver se eu estava fazendo alguma coisa. Muito f* isso”, lamentou a dançarina.

Veja o relato da dançarina:

Procurada, a Polícia Federal afirmou que entre a última quarta-feira (26) e sábado (29) fez fiscalização de rotina no aeroporto internacional de Rondônia com o objetivo de reprimir o tráfico de drogas. Houve entrevista de alguns passageiros onde, garante a instituição, todos foram respeitados.

Além disso, destaca a PF, havia um policial feminina na equipe e não houve abusos. Ainda assim, “foi instaurado um procedimento sigiloso, a fim de perquirir a existência de eventual ilícito penal e/ou administrativo perpetrado por algum dos policiais federais, durante as fiscalizações no aeroporto internacional de Rondônia”, disse a corporação.

Outro caso

Também nesse sábado (29/4), uma outra abordagem da PF de suposto cunho racista repercutiu na internet. Conforme relato de uma internauta, Samantha Vitena foi retirada do voo 1575 da Gol porque a aeronave estava cheia e não havia espaço para a mochila dela.

Os funcionários da companhia aérea pediram que ela despachasse a bagagem e ela se recusou porque o computador estava na mochila. Mesmo depois de uma cliente conseguir espaço para a bagagem, três policiais federais aparecem e pedem que ela se retire, sob a ameaça de algemá-la.

“Não dizem a razão de levá-la presa, só que foi uma ordem do comandante. Samantha era uma ameaça por ser uma mulher, ser preta, ter voz”, escreveu a internauta.

Em nota, a Polícia Federal informou que foi instaurado inquérito policial neste domingo (30/4)  para “apurar eventual existência de crimes de preconceito de raça durante procedimentos de retirada compulsória de passageira em voo da Gol, no dia 28/04, no Aeroporto Internacional de Salvador/BA”.

A Gol também lamentou o episódio de racismo contra Samantha Vitena.

Veja o vídeo:

 

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