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Bahia aceitará ajuda de países mesmo sem permissão do governo federal

Em rede social, o governador Rui Costa (PT) afirmou que o estado aceitará ajuda diretamente de países, sem “passar da diplomacia brasileira”

atualizado

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1 de 1 bahia - Foto: Reprodução/Twitter

Após o Governo Federal recusar a ajuda oferecida pela Argentina para auxiliar as vítimas das fortes chuvas no sul da Bahia, o governador do estado, Rui Costa (PT), afirmou, por meio de seu perfil no Twitter, que aceitará qualquer auxílio externo ao país mesmo sem permissão das autoridades diplomáticas brasileiras.

Na postagem, Costa afirmou que “a Bahia aceitará diretamente, sem precisar passar pela diplomacia brasileira, qualquer tipo de ajuda”. Ele ainda afirmou que, devido aos estragos provocados pelas chuvas, “qualquer ajuda neste momento” é bem-vinda.

Veja a publicação:

Nessa quarta-feira (29/12), o Governo Federal recusou ajuda humanitária do governo da Argentina para auxiliar as vítimas da Bahia. O país vizinho havia oferecido apoio psicossocial e envio de profissionais especializados em saneamento para a região.

A recusa foi oficializada pelo Ministério das Relações Exteriores ao consulado da Argentina no Brasil. Para dispensar a ajuda, o Executivo local disse contar com “todos os recursos financeiros e de pessoal necessários” para contornar a crise.

“Na hipótese de agravamento da situação, requerendo-se necessidades suplementares de assistência, o governo brasileiro poderá vir a aceitar a oferta argentina de apoio da Comissão dos Capacetes Brancos, cujos trabalhos são amplamente reconhecidos”, afirmou o Itamaraty na manifestação.

Nesta quinta-feira (30/12), o presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou sobre o caso e afirmou que o governo brasileiro avaliou que a ajuda argentina não seria necessária naquele momento, mas poderá ser acionada oportunamente, em caso de agravamento das condições. Ele afirmou ainda que o governo está aberto a ajuda e doações internacionais.

As chuvas na região sul da Bahia deixaram, até o momento, 24 mortos, 434 feridos e 91 mil desabrigados ou desalojados. Dos 141 municípios afetados pelas chuvas, 132 declararam situação de emergência. Bolsonaro afirma que tem acompanhado a crise mesmo de longe, em Santa Catarina, onde passa férias no litoral.

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