Goiânia – Uma juíza brasileira já está usando o metaverso para realizar reuniões em Anápolis, cidade a cerca de 55 km da capital de Goiás. O metaverso é um espaço virtual que tenta recriar a realidade.
Reuniões internas, com advogados e atendimentos já estão sendo feitas pelo metaverso na 2ª Vara de Família e Sucessões e no 2º Centro Judiciário de Conflitos de Anápolis. A iniciativa é da diretora do Foro da comarca da cidade, a juíza Aline Vieira Tomás.
É a primeira ação do tipo na esfera estadual da Justiça brasileira.
“As pessoas se sentem melhor quando ingressam em uma sala com seus avatares customizados e participam ali sem ter que ligar as câmeras. É claro que isso é uma ferramenta adicional ao atendimento presencial, que vai continuar a existir”, explicou a magistrada ao Metrópoles.
juíza anápolis metaverso tecnologia (4)Juíza Aline Vieira Tomás usa metaverso para reuniõesTJGO
juíza anápolis metaverso tecnologia (3)Participantes criam avatar para realizar atividades no metaversoTJGO
juíza anápolis metaverso tecnologia (2)Dispositivo gratuito é utilizado em reuniões no metaverso em GoiásTJGO
Praticando o futuro
A juíza avaliou que o metaverso deve se tornar cada vez mais comum e é importante que o Judiciário já comece a entrar nessa nova onda. Atualmente, ainda não existe uma regulamentação do uso do metaverso em audiências, por isso, o uso da ferramenta em Anápolis se restringe a reuniões administrativas, por enquanto.
O uso do metaverso no Fórum de Anápolis é feito por um sistema da Microsoft chamado Alt Space VR, que é gratuito. Os participantes montam seus avatares (personagens no mundo virtual) segundo suas características físicas. Os chamados óculos de realidade virtual são opcionais.
Mais sobre o assunto
“Em um futuro não muito distante, acredito que vamos trocar os avatares que hoje são cartunizados, por hologramas. A tendência é que evolua para hologramas”, avaliou a juíza.
Assim, segundo a magistrada, será possível “teletransportar” para dentro do metaverso, sendo possível ver os trejeitos, expressões e reconhecimento do participante.
Isso facilitaria a expansão do uso dessa tecnologia para audiências em um futuro não muito distante.
