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Associação de supermercados nega congelamento pedido por Guedes

Pedido de congelamento foi feito pelo ministro da Economia na quinta-feira (10/6), após presidente pedir redução da margem de lucro

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
supermercado inflação mercado
1 de 1 supermercado inflação mercado - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, nesta sexta-feira (10/6), que o setor não apoia o congelamento de preços até 2023. O pedido foi feito ministro da Economia, Paulo Guedes, nessa quinta-feira (9/6).

“O que estamos pedindo aos supermercadistas é que analisem com maior profundidade os aumentos de preços que estão recebendo, que façam uma negociação à exaustão (com fornecedores)”, disse Milan. Ele ressaltou, no entanto, que não se trata de congelamento “de jeito nenhum”.

Durante o evento em que o ministro fez a declaração, o presidente da Abras, João Galassi, chegou a lançar um desafio para os associados de “nova tabela só em 2023”. No mesmo fórum, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu para que empresários do ramo de alimentos tenham “menor lucro possível” na produção e venda de produtos da cesta básica.

Ele ressaltou que a cadeia de abastecimento é complexa para que um compromisso de redução de margem e congelamento de preços seja firmado.

“Estamos propondo que todos vejam o que é possível fazer, com mais promoções, comprando um volume maior junto à indústria, com desconto maior”, disse.

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Inflação na cesta básica

Em relação à cesta básica, o vice-presidente da associação disse que o setor considera necessário que a cadeia de abastecimento tome medidas para tentar reduzir a inflação.

Nessa quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, desacelerou para 0,47% no mês de maio. Em abril, o índice havia fechado em 1,06%. O acumulado em 12 meses, contudo, ainda é de 11,73%.

Ele explicou que, a pedido do governo, a associação já discutia saídas para reduzir os preços mesmo antes do evento de quinta-feira. As propostas encontradas foram a redução total dos impostos sobre a cesta básica e a desoneração sobre a folha de pagamento.

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