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Após quase 1 ano, inquérito sobre genocídio Yanomami não foi concluído

Em janeiro de 2023, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a PF investigasse a falta de assistência aos indígenas Yanomamis

atualizado

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Fernando Frazão/ Agência Brasil
Foto colorida de atendimento médico a indígenas Yanomami - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de atendimento médico a indígenas Yanomami - Metrópoles - Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

O inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a suspeita de genocídio contra os indígenas Yanomamis vai completar um ano sem ter sido concluído. A apuração começou após determinação do ministro da Justiça, Flávio Dino, em 23 de janeiro do ano passado.

Ao Metrópoles a PF informou que as investigações seguem em andamento, e “não entende ser conveniente tecer informações neste momento”.

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A Superintendência da PF em Roraima, responsável pelo inquérito, alegou que não há fontes disponíveis para tratar do assunto. Também não foram atendidos os pedidos da reportagem por mais detalhes sobre o caso, como prazo para conclusão e tipos de diligências realizadas.

Pedido de investigação

O pedido de abertura do inquérito tece como base reportagens jornalísticas que mostravam a falta de gestão do governo Jair Bolsonaro (PL) diante da crise no território Yanomami, área maior que o estado do Rio de Janeiro e com cerca de 30 mil indígenas.

Entre as ações do governo anterior, estão o desmonte da saúde indígenas, o incentivo para o garimpo ilegal e a falta de respostas para ofícios com pedidos de ajuda.

“Mortes por desnutrição ou por doenças tratáveis, pouco ou nenhum acesso aos serviços de saúde, medidas insuficientes para a proteção dos Yanomamis, além do desvio na compra de medicamentos e de vacinas destinadas a proteção desse povo contra a Covid-19, conduzem a um cenário de possível desmonte intencional contra os indígenas Yanomami ou genocídio”, escreveu Flávio Dino em ofício enviado para o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, em 23 de janeiro de 2023.

O pedido de abertura da apuração ocorreu no contexto do decreto de estado de emergência do Ministério da Saúde, também em janeiro do ano passado, que determinava o envio de atendimento urgente e humanitário ao território Yanomami.

Um ano sem solução

Na segunda-feira (8/1), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que deixaria a etapa de ações emergenciais e passaria para uma nova fase de medidas permanentes na terra Yanomami.

Por trás do discurso, a reportagem apurou que há uma insatisfação de Lula com as ações realizadas no território durante o ano de 2023. “Não é possível que a gente possa perder uma guerra para o garimpo ilegal”, declarou o presidente na segunda.

O Metrópoles mostrou que, no fim de dezembro, Lula demonstrou insatisfação durante uma reunião com representantes do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que prepararam novo plano de ações para a região.

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