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Após permitir “preso tiktoker”, diretor de presídio no RJ é exonerado

Policial penal Alexandre Flores Guerra deixa do cargo após Seap descobrir que Uélinton Adolfo usava TikTok para mostrar rotina na cadeia

atualizado

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Reprodução/Rede social
Presidiário blogueiro mostra café da manha com direito a misto quente
1 de 1 Presidiário blogueiro mostra café da manha com direito a misto quente - Foto: Reprodução/Rede social

O diretor do Presídio Dalton Crespo de Castro, em Campos dos Goytacazes, no Norte do Rio de Janeiro, foi exonerado na quarta-feira (3/11) após a descoberta de um “preso tiktoker” na unidade. Com mais de 10 mil seguidores, Uélinton Adolfo da Silva, 38 anos, mostrava a rotina na prisão, principalmente as refeições, que incluíam misto quente e mocotó. A questão é que celulares são proibidos nas penitenciárias.

O policial penal Alexandre Flores Guerra foi substituído pelo agente Victor Barbosa da Silva, conforme publicação interna no boletim da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). A nomeação de Guerra para o cargo saiu no Diário Oficial do estado em 17/9, pouco antes da primeira publicação de Uélinton no TikTok, em 29/9.

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Após a Seap tomar conhecimento do episódio, o acusado foi transferido para a penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1, localizada no Complexo de Gericinó, zona oeste da capital fluminense. Condenado a 14 anos de prisão por homicídio, o detento também sofreu sanções disciplinares por usar aparelho eletrônico na cadeia. No TikTok, ele interagia com seus seguidores.

Com a repercussão nas redes sociais, foi feita uma revista no Presídio Dalton Crespo de Castro. Na busca, foram encontrados 17 celulares e 13 chips. A corregedoria da Seap investiga como os equipamentos foram parar na penitenciária e, especificamente, nas mãos do “preso tiktoker”.

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