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Após Carnaval, CPIs iniciam apuração sobre tragédia em Brumadinho (MG)

Senadores devem instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no próximo dia 12. Na Câmara, processo de apuração está mais atrasado

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Resgate de corpos em Brumadinho
1 de 1 Resgate de corpos em Brumadinho - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Um mês e meio depois da tragédia do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que fez mais de 300 vítimas, entre mortos e desaparecidos, o Senado e a Câmara dos Deputados pretendem começar os trabalhos de apuração sobre o acidente. Os senadores devem instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no próximo dia 12.

Com 11 titulares e sete suplentes, a CPI vai funcionar por 180 dias. Na mesma semana em que a comissão deve ser instalada, haverá no plenário do Senado uma sessão temática para discutir a tragédia. O requerimento já aprovado prevê a participação de autoridades, especialistas, ambientalistas, além de representante da mineradora Vale.

Negociações
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), vai aguardar até a véspera para a indicação de nomes que vão compor a comissão. “Eu vou aguardar até dia 11 para que os partidos façam suas indicações. A CPI do Senado está pronta. Já se passou um mês, e a gente vai ficar num impasse? Nós vamos cumprir nosso papel, o Senado vai instalar sua CPI a partir do dia 12”, afirmou.

O senador Carlos Viana (PSD-MG), que se apresentou para relatar a comissão, diz que o objetivo é investigar como era a relação da Vale com as autoridades e as responsabilidades dos governos estadual e federal.

“Se não cuidarmos agora, vai acontecer em outras cidades e na próxima vez podem ser milhares [de vítimas]”, alertou Viana. “Nós não queremos o fim da mineração, mas não podemos deixar que o setor se autorregule e que, depois de uma tragédia, venha pedir desculpas”, acrescentou.

Câmara
Na expectativa da criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), formada por deputados e senadores, a comissão exclusiva de deputados, requerida pela deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), está menos avançada do que no Senado. É necessário ler o requerimento em plenário pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os líderes indicarem seus membros.

Assim como no Senado, os deputados avaliam propor mudanças na política de segurança de barragens para aprimorar as regras gerais obrigatórias para construção e desativação de barragens de rejeitos de mineração.

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