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Ao receber grupo que diz ter usado cloroquina, Bolsonaro celebra o remédio

Presidente encontrou apoiadores na tarde deste sábado (23/05) na portaria do Palácio da Alvorada e ouviu histórias sobre cura do coronavírus

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Apoiadores de Bolsonaro no cercadinho do Alvorada
1 de 1 Apoiadores de Bolsonaro no cercadinho do Alvorada - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Aproveitando a presença de um grupo de apoiadores que levou uma faixa creditando a cloroquina por uma série de curas de pacientes com coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a enaltecer o medicamento como esperança em fala na portaria do Palácio da Alvorada na tarde deste sábado (23/05). “Esse é o remédio que temos no momento. Não tem outro. Muitas pessoas vem me procurar dizendo que estão curadas”, disse o presidente da República.

“Na Guerra do Pacífico não tinha remédio, usaram água de coco e funcionou. Não tem estudo, mas está funcionando”, complementou Bolsonaro, justificando a insistência em um tratamento que não tem eficácia comprovada e que não tem se mostrado promissor contra o coronavírus nas últimas pesquisas divulgadas.

Na última semana, após a queda de dois ministros da Saúde que resistiram à insistência de Bolsonaro (Henrique Mandetta e Nelson Teich), o governo divulgou um novo protocolo, prevendo o amplo uso da cloroquina como tratamento para a Covid-19.

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O apoiadores abriram a faixa antes de o presidente aparecer, para agradecê-lo por estarem, segundo eles, curados da Covid-19. Eles disseram que usaram a cloroquina e em um prazo de cinco a sete dias venceram a doença.

De acordo com os manifestantes, cerca de 30 pessoas da mesma família foram infectadas pelo coronavírus. Ainda segundo o grupo, eles usaram o medicamento e ficaram curados em 15 dias.

A servidora pública de Nova Glória (GO) Janaína Sousa contou que usou o remédio por cinco dias e acabou vencendo a doença com o uso da cloroquina.

A servidora da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Kênia de Oliveira Silva contou que o grupo recebeu atendimento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), com pelo menos duas pessoas tendo passado por estado crítico.

“Todos fomos tratados com a cloroquina. As pessoas acham que o presidente é louco, mas foi o medicamento sugerido por ele que nos curou. Viemos aqui agradecê-lo. Caso algum cientista queira estudar o nosso caso, estamos à disposição”, se prontificou Kênia.

O grupo é de Goiás, das cidades Orilândia, Nova Glória e Itabaraí.

“Tem muita coisa que a imprensa fala sobre a cloroquina que não é verdade. Queremos mostrar a todos nosso depoimento, de que fomos curados”, completou Janaína Sousa.

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