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Anderson Torres nega ter alertado Bolsonaro sobre operação da PF

Ministro da Justiça disse que não conversou com Jair Bolsonaro sobre operações da Polícia Federal durante viagem aos Estados Unidos

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 foto-2-milton-ribeiro–jair-bolsonaro-e-anderson-torres-em-cerimonia-de-reajuste-salaria-planalto-brasilia-04022021 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, negou, neste domingo (26/6), ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro (PL) para alertá-lo sobre a operação da Polícia Federal (PF) que prendeu Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação.

A declaração de Torres foi dada em uma rede social. O ministro fez parte da comitiva presidencial que acompanhou Bolsonaro durante dois dias na Cúpula das Américas, realizada em Los Angeles.

A viagem foi realizada na mesma semana em que Milton Ribeiro afirmou a uma de suas filhas que seria alvo de busca e apreensão. Ribeiro disse que foi avisado por Bolsonaro.

“Diante de tanta especulação sobre minha viagem com o presidente Bolsonaro para os EUA, asseguro categoricamente que, em momento algum, tratamos de operações da PF”, escreveu Anderson Torres.

A discussão sobre uma suposta conversa entre Torres e Bolsonaro teve início após a divulgação de uma ligação telefônica entre Milton Ribeiro e uma de suas filhas. Na ligação, interceptada pela Polícia Federal (órgão vinculado ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública), Ribeiro afirmou que Bolsonaro estava com um “pressentimento” de que fariam busca e apreensão em sua residência.

Ribeiro foi preso na quarta-feira (22/6) durante a operação Acesso Pago, da PF, que investiga esquema de corrupção no Ministério da Educação. O ex-ministro e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, suspeitos de participarem do esquema, foram liberados pela Justiça na sexta-feira (24/6).

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Neste domingo, Torres ressaltou que não alertou o presidente Jair Bolsonaro sobre a operação da PF. “Absolutamente nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa na referida viagem. #VamosEmFrente”, escreveu. Veja a publicação.

Investigação

Apuração da Polícia Federal, obtida pelo jornal Folha de S.Paulo, aponta que o pastor Arilton Moura teve 63 passagens em um hotel de Brasília, utilizado como espaço para negociação de verbas federais com prefeitos. O líder religioso Gilmar Santos tem uma passagem pelo hotel, aponta a PF.

A investigação também mostra que Arilton chegou a se hospedar na mesma data e hotel que Luciano de Freitas Musse, ex-assessor do MEC, em uma das visitas a Brasília.

O hotel Grand Bittar era utilizado pelos pastores para negociar a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a prefeitos.

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