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Amazônia: MPF denuncia acusados de exportar ouro extraído ilegalmente

De acordo com denúncia, investigação teve início após prisão de dois homens em Goiânia. Rombo na União teria superado R$ 440 milhões

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Aeronave e ouro apreendidos durante operação da PF em 2019
1 de 1 Aeronave e ouro apreendidos durante operação da PF em 2019 - Foto: Reprodução

Goiânia – O Ministério Público Federal em Goiás (MPFGO) denunciou 11 pessoas e duas empresas por comercialização de ouro extraído ilegalmente de garimpos na Amazônia e exportado para a Itália. De acordo com a denúncia, os supostos criminosos venderam, apenas em 2019, mais de 1,5 toneladas de ouro usurpado da União, o que equivale a mais de R$ 440 milhões, considerando a cotação.

Segundo o MPFGO, o suposto esquema criminoso foi desmontado depois de dois funcionários da empresa RJR Minas Export Ltda, localizada em Goiânia, serem presos, no dia 10 de junho de 2019.

Flagrante

Os funcionários foram flagrados após pousarem no aeroporto da capital goiana com mais de 110 quilos de ouro, com notas fiscais falsas, escondidos embaixo do compartimento dos bancos de um monomotor, que, na época, também foi apreendido. Essa carga foi avaliada em R$ 18 milhões.

O MPFGO formalizou a denúncia, na última quinta-feira (9/6), após conclusão de diligências durante a investigação. A Polícia Federal indiciou os suspeitos em março deste ano, depois de juntar mais provas contra os investigados.

Envolvidos

De acordo com a denúncia, a suposta organização criminosa era composta pelas seguintes pessoas:

  • Bruno Cezar Cecchini (líder);
  • Giacomo Dogi (italiano);
  • Mauro Dogi (italiano);
  • Luiz Alberto Madruga Vargas;
  • Julia Leao Cecchini;
  • Bruna Layane Carvalho Cecchini;
  • Adriano Aguiar de Castro;
  • José Celso Rodrigues Silva;
  • Creudevaldo Birtche (vulgo “tucura”);
  • Willian Ribeiro (vulgo “Cowboy”);
  • Wilson Ribeiro Filho;
  • RJR Minas Export Ltda;
  • CHM do Brasil Metais Ltda.

Como funcionava o esquema

Os acusados foram denunciados pelos crimes de organização criminosa; receptação qualificada; extração, transporte e comercialização de ouro sem título minerário e sem licenciamento ambiental; falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

De acordo com o MPFGO, a suposta organização criminosa atuava por meio da empresa RJR Minas Export Ltda, para comprar ouro ilícito, proveniente de garimpos ilegais no sul do Pará e no norte do Mato Grosso, áreas que compõem a Amazônia Legal. O metal era adquirido de garimpeiros ilegais.

Para tentar esconder a origem ilegal do ouro, eles indicavam que a extração teria ocorrido em uma área regular de uma empresa localizada em Colniza, no Mato Grosso. No entanto, a investigação apurou que essa informação é falsa, pois peritos confirmaram que a lavra estava inativa.

Posteriormente, segundo a denúncia, o ouro era revendido para a empresa CHM do Brasil Metais Ltda, de propriedade e administração dos italianos Giacomo Dogi e Mauro Dogi, que o exportava para a Itália como se fosse lícito.

Aeronave

O Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) confirmou que o proprietário da aeronave apreendida é uma das empresas envolvidas na denúncia do MPF. O avião está em situação de aeronavegabilidade normal, mas com “operação negada para táxi aéreo”.

O Metrópoles não encontrou contato da defesa dos suspeitos até o momento em que este texto foi publicado, mas o espaço segue aberto para manifestações.

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