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Advogado gasta R$ 13 mil no cartão e finge sequestro para não pagar

Polícia Civil descobriu farsa ao analisar imagens do shopping center em que o advogado aparecia tranquilamente fazendo compras

atualizado

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Foto colorida do advogado Rodrigo Barcelos, que estourou cartão de crédito e inventou sequestro para não pagar
1 de 1 Foto colorida do advogado Rodrigo Barcelos, que estourou cartão de crédito e inventou sequestro para não pagar - Foto: Reprodução

O advogado Rodrigo Barcelos de Oliveira foi indiciado pela Polícia Civil por estelionato e falsa comunicação de crime, depois de gastar R$ 13 mil em um shopping do Rio de Janeiro (RJ) e, em seguida, ir até a delegacia registrar que as compras foram feitas por criminosos após ele ter sido vítima de sequestro relâmpago.

A farsa foi desvendada pelos policiais durante checagem nas imagens das câmeras de segurança. Os registros mostraram o advogado caminhando sozinho e com as sacolas, enquanto fazia compras por mais de três horas no local. Em depoimento, Rodrigo alegou ter inventado o crime por dificuldades financeiras e, “ao ver a geladeira vazia”, teria decidido colocar o golpe em prática.

No entanto, segundo informações obtidas pelo G1, a lista de compras dele incluiu R$ 850 em cuecas de grife, uma cama para cachorro de R$ 718, e um sapato de R$ 690, além de R$ 2,2 mil em uma capa para prancha de surf.

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Boletim de ocorrência

Segundo a Polícia Civil, em 29 de maio, Rodrigo se dirigiu à 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) para denunciar à polícia o suposto sequestro. No relato, ele disse que estava dirigindo na Avenida das Américas quando foi abordado por dois homens em uma moto.

Na história contada por ele, a dupla de criminosos o coagiu a entrar no estacionamento do Barra Shopping, na zona oeste do Rio. Um dos criminosos teria passado cerca de 5 horas fazendo compras com o cartão dele até o limite de bloqueio, enquanto ele era mantido como refém pelo outro.

O advogado afirmou ainda ter sido ameaçado com arma de fogo e que itens pessoais, como celular, roupas, aliança e carteira, foram roubados.

“Após analisarem as câmeras de segurança do shopping, os agentes confirmaram que o relato era uma grande farsa criada com o intuito de obter vantagem indevida com o não pagamento das compras realizadas, já que as imagens mostram o próprio realizando as compras”, informou a polícia.

As câmeras também registraram Rodrigo indo ao estacionamento duas vezes para guardar as compras e partir do local.

Veja abaixo a lista de compras do investigado, feita em 11 lojas:

  • mais de R$ 2 mil em um mercado;
  • R$ 56,70 em mercado;
  • R$ 300 em pilhas e guloseimas;
  • mais de 3,4 mil em um capacete de moto;
  • R$ 690 em um calçado;
  • R$ 850 em itens na Giorgio Armani;
  • R$ 2,2 mil em capa especial para prancha de surf;
  • mais de R$ 1 mil em sunga de praia;
  • R$ 400 em produtos de limpeza de eletrônicos;
  • R$ 718 em cama para cachorro;
  • R$ 1,3 mil em ótica.

Ao todo, foram R$ 13.035,90 em compras.

Operação de busca e apreensão

Após a constatação da farsa, Rodrigo foi alvo de mandado de busca e apreensão nessa sexta-feira (30/6). Policiais estiveram na casa dele, no condomínio Portal da Barra, na Barra da Tijuca.

O advogado confessou os crimes e vai responder por falsa comunicação de crime e estelionato.

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