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Advogado entrará com pedido de habeas corpus para mãe de Gael

Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, o advogado diz que Andréia Freitas começa a recordar do dia da morte, mas nega a autoria do crime

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Gael de Freitas Nunes
1 de 1 Gael de Freitas Nunes - Foto: Reprodução

São Paulo – O advogado de Andréia Freitas de Oliveira, acusada de matar na segunda-feira (10/5) o filho Gael de Freitas Nunes, de 3 anos, em um apartamento na Bela Vista, centro de São Paulo, entrará com pedido de habeas corpus liberatório para que ela responda pelo crime em prisão domiciliar.

Em entrevista ao Metrópoles, Fabio Costa disse que solicitará a medida judicial na segunda-feira (17/5). Andréia foi presa em flagrante na madrugada de terça-feira (11/5), mesmo dia em que a Justiça decretou sua prisão preventiva.

A dona de casa de 37 anos está encarcerada desde quarta-feira (12/5) na Penitenciária Feminina de Tremembé I, no interior de São Paulo. Inicialmente, ela ficará isolada em uma cela por 15 dias por conta de protocolos contra a Covid-19 e pelo período de inclusão de presos no sistema prisional.

“Vou entrar com o pedido para que ela possa responder a esse processo em liberdade, numa possível prisão domiciliar. Tem uma série de medidas cautelares que podem ser aplicadas a ela”, disse Costa.

Contudo, ele informa que o pedido à Justiça de exame de insanidade mental, revelado à reportagem, deverá ser postergado. Ele acredita ser melhor esperar os resultados de laudos técnicos.

Andréia não fala o nome do filho

Segundo Costa, a acusada evoluiu de um quadro de “transe” para uma melhora significativa. Andréia, no entanto, não reconhece a morte do filho Gael, tampouco menciona o nome da criança ou pergunta sobre ele. A última informação que ela teve foi sobre a morte do filho.

“Em nenhum momento ela fala do Gael, em nenhum momento. A única vez que ouvi o nome dele foi na terça, quando ela disse ‘graças a Deus que o senhor está aqui. Onde está o Gaelzinho?’. Depois ela chorou”

Durante visita à penitenciária nesta sexta, o advogado disse que a mãe da criança começa a lembrar novas cenas do fatídico dia.

Mãe recorda momentos da morte

Até o meio da semana, a dona de casa recordava apenas que tomou banho por sentir que estava com febre, e depois apagou, retomando a consciência quando era conduzida até uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Ela disse: ‘eu lembro de ter ouvido um barulho, parecia algo quebrando. Acho que um vidro quebrando’”, relata o advogado.

À reportagem, Fabio Costa diz que foi orientado por uma psicóloga de sua equipe a tocar no assunto repetidas vezes ao longo da conversa a fim de encontrar uma oportunidade para perguntar mais sobre o caso. O encontro com Andréia durou 4 horas.

A menção a “vidro quebrando” está registrada no boletim de ocorrência pela tia-avó de Gael, Maria Nanete de Freitas. A aposentada de 73 anos encontrou o corpo do menino coberto com uma toalha e vômito.

De acordo com ele, sua cliente não quer receber visitas de amigos ou familiares. Andréia apenas cita a possibilidade de ver Maria Nanete, mas não no momento. A mãe de Gael pediu uma Bíblia e um outro livro, relata Costa. 

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Gael  foi encontrado sem vida

A tia-avó de Gael encontrou a criança já sem vida na cozinha do apartamento. Segundo boletim de ocorrência, a aposentada de 73 anos viu o garoto morto e pediu ajuda para a irmã dele, uma jovem de 13 anos, para acionar o Samu.

No depoimento à polícia, Maria Nanete disse que deu mamadeira para Gael por volta das 9h e o menino foi ao encontro da mãe. Minutos depois, ouviu choro do menino, mas pensou se tratar de um pedido de colo.

Entretanto, a testemunha começou a ouvir barulhos de batidas na parede após cinco minutos, mas achou ser do apartamento vizinho. Depois de 10 minutos, ouviu o som de vidro quebrando na cozinha. Ao chegar lá, deparou-se com o menino deitado no chão, com vômito e coberto por uma toalha de mesa.

Ainda, a tia-avó afirmou que a mãe da criança já havia sido internada quatro vezes, mas não soube informar se foi por motivos psiquiátricos.

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