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À PF, em depoimento de 5h, ex-GSI Gonçalves Dias nega responsabilidade por ato golpista

Gonçalves Dias deixou a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, em Brasília, por volta das 13h34 desta sexta-feira

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias, deixa a sede da Polícia federal em Brasília após prestar depoimento por 4 horas - Metrópoles
1 de 1 Ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias, deixa a sede da Polícia federal em Brasília após prestar depoimento por 4 horas - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após quase cinco horas de depoimento, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias deixou a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, em Brasília, pouco depois das 13h30 desta sexta-feira (21/4). Dias chegou ao local por volta das 8h45.

Ao Metrópoles, o ex-ministro afirmou que não tem “qualquer responsabilidade omissiva ou comissiva” nos atos de 8 de janeiro. Além disso, declarou que o depoimento foi “excelente” e que confia nas investigações da Polícia Federal.

“O comparecimento na sede da Polícia Federal é, para mim, uma grande oportunidade de esclarecer os fatos que têm sido explorados na imprensa. Confio na investigação e na Justiça, que apontarão que eu não tenho qualquer responsabilidade seja omissiva ou comissiva nos fatos do dia 08 de janeiro”, pontuou.

O ex-ministro deixou a sede da PF em um veículo de modelo Chevrolet Equinox. Além de Dias, estavam no veículo uma mulher e um homem não identificados.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, na quarta-feira (19/4), que a Polícia Federal colhesse o depoimento do general a respeito de imagens veiculadas pela CNN Brasil, nas quais o militar aparece circulando nas dependências do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro.

Naquele dia, criminosos invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes: Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).

“Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, escreveu Moraes.

Veja o vídeo:

 

 

Demissão

Após a divulgação dos vídeos, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo, na noite de quarta-feira (19/4). É a primeira baixa no alto escalão do governo Lula, pouco tempo depois de completar 100 dias.

Nas gravações é possível ver, além de Gonçalves Dias, militares do GSI, que são responsáveis pela segurança de autoridades e do Planalto, guiando os invasores para portas de saída, em clima ameno.

As imagens das câmeras de segurança do Planalto levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a convocar uma reunião de emergência com ministros do governo para tratar sobre o assunto. Estiveram presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio); Rui Costa (Casa Civil); Flávio Dino (Justiça), Alexandre Padilha (Relações Institucionais); e Paulo Pimenta (Comunicação Social).

Após essa reunião, Lula se encontrou a sós Gonçalves Dias. Foi quando o então ministro se explicou para o presidente e colocou o cargo à disposição. Mais tarde, em uma publicação extra do Diário Oficial da União (DOU), o governo oficializou o nome do atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, para assumir o comando do GSI de forma interina.

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