Por pouco, por pouco mesmo, Paulo Guedes, ministro da Economia, não perdeu o emprego na semana passada. Resistiu o quanto pôde às pressões para pedalar a lei do teto de gastos. Ante o risco de ser mandado embora, capitulou, salvando-se a si mesmo.
Mas não é o que ele diz. Atribui sua salvação ao presidente Jair Bolsonaro: “É sempre assim, estou morrendo afogado e ele aparece e renova a confiança. E nós continuaremos nessa aliança de conservadores e liberais por um futuro melhor para o nosso país”.
A síndrome de Estocolmo é um transtorno psicológico que pode acontecer em pessoas que se encontram em situação de tensão. O subconsciente é capaz de fazer com que a vítima estabeleça uma conexão mais pessoal e emocional com o agressor.
Foi descrita pela primeira vez em 1973 após assalto a um banco em Estocolmo, na Suécia. As pessoas ali feitas reféns pelos bandidos depois foram visitá-los na prisão e negaram ter sofrido qualquer espécie de violência capaz de pôr em risco suas vidas.
Bolsonaro sequestrou Guedes, que há três dias só faz lhe agradecer pelo que ocorreu.