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Mamãe Falei Merda corre o risco de ir parar nos quintos do inferno

Quem mandou o deputado desrespeitar as mulheres em geral e as ucranianas em particular? Fez aqui, paga aqui, sem perdão

atualizado

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Arquivo pessoal
Deputado estadual Arthur do Val, do MBL, se veste com fantasia de pão com mortadela
1 de 1 Deputado estadual Arthur do Val, do MBL, se veste com fantasia de pão com mortadela - Foto: Arquivo pessoal

A porta do inferno abriu-se para Arthur do Val (Podemos), vulgo Mamãe Falei, eleito há dois anos deputado estadual com o apoio de quase 500 mil paulistas, uma votação recorde.

Bolsonaro, dia sim, outro também, atira no próprio pé com o que diz e faz. Candidato ao governo de São Paulo, Arthur do Val viajou para ver de perto a guerra na Ucrânia, e lá atirou na própria cabeça.

O que ele falou sobre a beleza das mulheres ucranianas, sobre o que seria capaz de fazer na cama com uma delas, e sobre como identificar as mais acessíveis, está gravado.

Não foi nenhum espião que gravou do Val, foi ele mesmo. E, pelo WhatsApp, mandou o áudio para um grupo de amigos. Aí, sim, foi traído por mais de um, e o mundo ruiu sobre sua cabeça.

O deputado estadual e um amigo foram à guerra levar ajuda para ucranianos em fuga, cerca de 250 mil reais. Primeira consequência de ato tão generoso: o escândalo obrigou-o a renunciar à candidatura.

Contra a suspeita de que viajou para fazer turismo sexual, do Val postou no Youtube:

“Aceito ser julgado pelo que falei, não pelo que não fiz. Foi moleque, foi. Foi escroto, foi. Foi machista, foi. Mas separem as palavras da ação”.

Os eleitores de do Val têm direito de saber: o que ele fez com o dinheiro que arrecadou antes de viajar? Se o dinheiro era para socorrer os ucranianos, a quem entregou? Tem recibo disso?

Os colegas de do Val na Assembleia Legislativa de São Paulo têm o direito de se indagar: vale a pena manter entre nós quem nos envergonha por ter sido moleque, escroto e machista?

O deputado do MBL deve pedir desfiliação do Podemos para escapar de ser expulso. O Conselho de Ética da Assembleia deverá processá-lo por quebra de decoro parlamentar. Ele poderá perder o mandato.

A ministra Damares Alves, da Mulher e dos Direitos Humanos, já pediu sua cassação. A Comissão de Direitos Humanos do Senado vai convocá-lo para depor e deve recomendar sua punição.

O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) perdeu em São Paulo o único palanque que tinha até agora para ser candidato a presidente. Por ora, nem no Paraná, seu estado, ele tem palanque certo.

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