metropoles.com

Governo perde de goleada na sessão da CPI que ouviu Mandetta

Ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta depôs por mais de 7 horas e criticou duramente o comportamento de Bolsonaro no combate à Covid

atualizado

Compartilhar notícia

Hugo Barreto / Metrópoles
Senadores Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros deixam a CPI ao do ex ministro Luiz Henrique Mandetta
1 de 1 Senadores Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros deixam a CPI ao do ex ministro Luiz Henrique Mandetta - Foto: Hugo Barreto / Metrópoles

Perto do fim do depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o governo Bolsonaro perdia de 7 x 0 na sessão na CPI da Covid-19. Foi o placar final, sem direito a gol de honra.

Como previsto, os senadores da oposição levantaram a bola para que Mandetta chutasse – e ele a matou no peito e atirou para marcar. Em algumas ocasiões, até fez firulas antes de chutar.

Os senadores governistas jogaram bolas quadradas para Mandetta – mas quando ele não pode chutá-las, fez de conta que não as viu. Driblou os poucos momentos em que pareceu embaraçado.

Os senadores ditos independentes não foram tão independentes, estavam mais para a oposição do que para o governo. Perguntas que fizeram permitiram Mandetta chutar na direção que quis.

Chutou forte na direção do presidente Jair Bolsonaro, seu alvo preferido, mas não o único. Requentou o que já se sabia e acrescentou revelações inéditas.

Sobrou para o vereador Carlos Bolsonaro, o Zero Dois, o chefe do gabinete do ódio no Palácio do Planalto, que participou de reuniões sobre a pandemia onde não deveria ter assento.

Sobrou também para o ministro Paulo Guedes, da Economia, tratado por Mandetta com certo desprezo. Chamou-o de “um desonesto intelectual, muito pequeno para o cargo que ocupa”.

Ao longo de mais de sete horas de interrogatório, Mandetta só perdeu o protagonismo quando o presidente da CPI anunciou que o ex-ministro Eduardo Pazuello não poderá depor amanhã.

O general que desfilou sem máscara em Manaus no último fim de semana queria depor, mas só remotamente. Disse que teve contatos com ex-assessores que poderiam ter sido contaminados.

Na verdade, tinha medo de ser abandonado pelo governo, sair da CPI como o principal responsável pelos erros cometidos no combate à pandemia, e, no limite, até ser preso.

Se não arranjar outra desculpa, será ouvido no próximo dia 19. A CPI ganhou mais 15 dias para munir-se de novas informações capazes de causar dores de cabeça ao general medroso.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?