Conhecido o resultado da eleição para a presidência do Senado, com tudo que representou, aparecem as análises diversas. E as explicações de quem apostou num “risco Rogério Marinho”, que, sabe-se agora, nunca existiu.

Uma dessas linhas de análise é de que Lula e seu governo enfrentarão uma dura oposição no Senado. Afinal, 32 votos fazem um estrago danado nas pretensões do governo.

Há controvérsias. A primeira: Rodrigo Pacheco sai fortalecido da eleição. A imagem de sua entrada no plenário cercado de ministros do governo diz muito. 

Outro, e principal ponto, os 32 votos dados a Marinho não serão sempre 32 votos contra o governo Lula. Não são uma pedra monolítica pronta a se manifestar e orientar “não” a qualquer projeto que venha do Executivo.

Eleição para presidente do Senado mobiliza emoções, ideologias e mil outros argumentos. Mas a votação de uma reforma tributária é diferente. Claro que a maioria da oposição irá votar contra. Mas todos os 32? Não!

A partir de agora, cada caso será um caso. Só não acreditem que os 32 vão marchar juntos em todas as pautas.