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Como a decisão de Alckmin influencia a eleição em SP

Boulos, França e o PT em compasso de espera

atualizado

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Grasielle Castro/ Metrópoles
Geraldo Alckmin
1 de 1 Geraldo Alckmin - Foto: Grasielle Castro/ Metrópoles

Já não se discute o protagonismo de Geraldo Alckmin nas movimentações para 2022. Sua opção óbvia seria concorrer ao governo de São Paulo, em um cenário de disputa com PT e PSDB. Entretanto, se confirmada sua filiação ao PSB para ser vice de Lula, o estado se transforma em uma ferida aberta de negociações.

Parte do PT paulista reconhece Alckmin como um adversário histórico e afirma que mais esse aceno de Lula à direita trata-se de um erro programático. Essa ala jamais esquecerá do superfaturamento das obras do metrô e do rodoanel, das privatizações, das demissões de grevistas, da desocupação violenta do Pinheirinho, da flexibilização das leis ambientais, da crise hídrica de 2015…

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

Michael Melo/Metrópoles
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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Pesquisa do Datafolha mostra que, com Alckmin vice de Lula, Haddad salta de 19% para 28% das intenções de votos. Márcio França sobe de 13% para 19%. Boulos cai de 13% a 11%. Com a chapa Luka-Alckmin e o acordo PT-PSB, Haddad seria candidato a senador, dizem os últimos rumores. Sem Haddad e Alckmin, França teria 28% e Boulos 18%. Em todas essas alternativas, falta um candidato conservador forte. Essa é a chance do PSDB.

Mas vamos admitir essa possibilidade, Alckmin vice e Haddad senador. Parte do PT apoiaria Boulos e só apoiaria França em eventual segundo turno. Lula negociaria um pacto de não agressão entre Boulos e França? E no caso de um segundo turno com ambos? Os petistas insatisfeitos manteriam apoio a Boulos, e essa disputa respingaria na aliança nacional. Lula vai convencer Boulos a sair deputado federal para fortalecer o PSOL na Câmara e prometeria apoio para as próximas eleições municipais?

Possibilidades. De certo, só que Haddad atenderá às necessidades de Lula. Mas para essa roda girar, tudo depende da decisão de Alckmin, sua filiação ao PSB e a federação partidária entre os dois partidos. Enquanto isso, Rodrigo Garcia, candidato do PSDB, espera que a máquina alavanque sua candidatura. Há tempo. Mas é uma chance histórica para tirar São Paulo das mãos do PSDB.

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