Banco da esquerda será primeira empresa financeira investigada na CPI do MST
Leftbank, do ex-deputado petista Marco Maia, terá que enviar informações; suspeita é de “vantagem financeira com invasões do MST”
atualizado
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O Leftbank, banco virtual que mira clientes que se identificam ideologicamente com a esquerda ou a centro-esquerda, será a primeira empresa financeira a ser investigada na CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O requerimento de entrega de informações pelo Banco Central foi aprovado ontem (12/07) pelo colegiado.
Segundo o autor do pedido, deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), o objetivo é analisar as conexões entre o “banco da esquerda” e o MST. Ao blog, disse que é preciso “compreender seu possível envolvimento financeiro com as invasões de terras”.
Integrantes da Mesa Diretora da CPI disseram que investigar o banco será como “cortar as pernas” do movimento social, já que a empresa “mantém toda a verba” do MST.
O LeftBank foi criado em dezembro de 2020, pelo ex-deputado petista Marco Maia. É um banco brasileiro que destina parte do lucro a ações sociais, da agricultura à energia. O banco promete “o repasse de parte do lucro a iniciativas ligadas a movimentos sociais, indígenas, quilombolas e ONGs”, segundo o requerimento.
Para o deputado Valmir Assunção (PT-BA), os trabalhos da comissão revela uma inoperância das investigações. “A CPI contra o MST é dominada por bolsonaristas. Eles transformaram o colegiado em um palanque que requenta a disputa eleitoral. Não produziram nada relevante”, disse.