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Tempos difíceis. E quentes (por Mirian Guaraciaba)

Israel jogou duro com o Brasil. Testou a paciência da habilidosa diplomacia brasileira

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Brasileiros repatriados falam ao lado do presidente Lula após chegar em Brasília - metrópoles
1 de 1 Brasileiros repatriados falam ao lado do presidente Lula após chegar em Brasília - metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Meteorologia emitiu alerta amarelo. Perigo potencial para a saúde das pessoas, indica que as temperaturas devem ficar 5 ºC acima da média pelo período de dois a três dias seguidos.
A nova onda de calor que assola o País não ofuscou o desembarque, em Brasilia, dos 32 repatriados da Faixa de Gaza.

Finalmente, na noite de ontem, a diplomacia brasileira pôde festejar o desfecho da intrincada negociação com os governos de Israel e do Egito para a liberação dos brasileiros retidos na Faixa de Gaza. Foram mais de 30 dias de espera, enquanto centenas de cidadãos do mundo cruzavam sem muita dificuldade a fronteira do Egito.

Israel jogou duro com o Brasil. Testou a paciência da habilidosa diplomacia brasileira. Netanyahu não perdoa Lula por criticar a violência com que seu exército mata palestinos civis e inocentes. Mais de 11 mil mortos, mais de quatro mil crianças. Lula condenou a organização terrorista Hamas, obviamente, mas não isentou o terrorismo praticado pelo Estado de Israel.
No balanço de ontem, 13/11, dos 36 hospitais de Gaza, 21 estavam totalmente isolados e inoperantes após ataques israelenses. Israel atacou 270 clinicas e hospitais e 57 ambulâncias. A guerra aniquilou 12.400 vidas – 11.100 palestinos.  

O Brasil deve subir o tom contra Israel. Esta guerra, entre tantas desde 1948, foi declarada pelo Hamas, com o ataque de 07 de outubro, “surpreendendo” a inteligência israelense. Mas a resposta de Israel foi desproporcional, monstruosa, abatendo civis inocentes. A diplomacia brasileira e o Presidente Lula pediram um cessar fogo na Assembleia Geral da ONU.

Os Estados Unidos, sempre eles, vetaram.

Mais uma vez vem à mente Eduardo Galeano, escritor uruguaio, ativista: “As guerras dizem que ocorrem por nobres razões: a segurança internacional, a dignidade nacional, a democracia, a liberdade, a ordem, o mandato da civilização ou a vontade de Deus. Nenhuma tem a honestidade de confessar: “Eu mato para roubar”.

Suja como alguns politicos

Andei pelas ruas do Setor Comercial Sul esses dias, à procura de agência de determinado banco. Há anos, não passava por ali. Nos idos 80, 90, e 2000, o SCS era passagem obrigatória para a maioria dos jornalistas de Brasilia. Ali, ficavam quase todas as redações dos grandes jornais e revistas. Que decepção.

São 106 prédios – entre o Eixo Rodoviário e a W3 Sul – espalhados por ruas imundas, alguns abandonados, calçadas quebradas, ciladas para quem não olha onde pisa. O SCS está no coração de Brasilia, e o cenário é lamentável. Lixo, criminalidade e aumento significativo de população em situação de rua. As queixas dos comerciantes são recorrentes.

Ana Hickmann, coragem. Não se cale.

 

Mirian Guaraciaba é jornalista 

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