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Parto humanizado: entenda porque ele é tão benéfico para mães e bebês

No parto humanizado, para a dor de um parto normal não se transformar em sofrimento, a gestante conta com uma serie de técnicas

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1 de 1 WhatsApp-Image-2019-08-12-at-18.29.18 - Foto: Divulgação

Sempre que conto para alguém que optei por ter um parto humanizado, logo me perguntam se eu vou ter meu bebê em casa, na banheira, bem estilo hippie. Decidi esclarecer aqui o que de fato significa ter um parto humanizado, pois meu objetivo é que cada vez mais pessoas possam contar com um tratamento no qual a mãe é a protagonista de seu parto, onde ela será, primeiramente, respeitada em seus desejos e seu filho sofrerá muito menos traumas no evento mais importante da vida dele: nascer.

Então vamos lá. Parto humanizado é a denominação que se dá ao tipo de parto – normal ou cesárea, seja em hospital, casa de parto ou na própria casa da parturiente – em que o tratamento oferecido à mãe e ao seu bebê terá como premissa o respeito máximo às suas vontades. Isso quer dizer humanização no tratamento e escolhas da gestante, como luz baixa, trilha sonora de sua preferência, liberdade para escolher a posição mais confortável, em que será oferecido um serviço humano e transformador para um evento familiar, emocionante e transformador.

No parto humanizado, para a dor de um parto normal não se transformar em sofrimento, a gestante conta com uma serie de técnicas não invasivas para alívio de dor, como musicoterapia, acupuntura, banheira quente, massagens relaxantes, liberdade de se movimentar, se alimentar e até mesmo a possibilidade de analgesia caso a dor seja insuportável. Isso não importa se em casa ou no hospital.

O parto, principalmente o normal, era considerado um evento traumático, de puro sofrimento, pois a mãe não tinha direito a acompanhante, era obrigada a ficar na posição vertical com as pernas para cima – posição essa que não favorece a gravidade, por isso é a menos eficaz – , eram introduzidas técnicas dolorosas e desnecessárias como soro de ocitocina para acelerar o processo, assim como corte no períneo, a episiotomia, tudo isso sem consultar a mãe que, diante da falta de informação, desenvolvia trauma de um momentos que deveria estar entre os mais importantes de sua vida.

Em relação ao bebê, já foi comprovado que o contato pele a pele com a mãe imediatamente após o nascimento e ao menos mais uma hora, a chamada golden hour, tem inúmeros benefícios para a saéde do pequeno. Como era praxe, o bebê era arrancado da barriga da mãe, era sacudido, levado para ser medido, pesar, tomava nitrato de prata, aspiração das vias aéreas e muito mais. Pensa comigo que esse bebê que morou 9 meses em um ofurô, na paz, de repente sai e é submetido a uma verdadeira violência sem a presença da mãe?!

Outra questão é o corte imediato do cordão umbilical. As novas recomendações são as de se que espere o cordão parar totalmente de pulsar antes do corte, pois evita-se, assim, várias doenças, entre elas a anemia. No parto humanizado, o bebê, seja de cesárea ou normal, vai direto para o colo da mãe. Assim como todas as questões envolvendo o bebê, as atitudes são feitas no colo da mãe. Se não der para ser feita nesse momento, respeita-se o fim da golden hour.

Por isso mamães e futuras mamães, é muito importante que na hora de escolher uma equipe, escolha uma que faça o parto humanizado. Caso não possa escolher, é sabido que esse tratamento já está disponível no SUS, e dizem ser muito bom. Mas, em todo caso, o mais importante é chegar ao hospital com algumas cópias de um plano de parto no qual deverá constar tudo o que a mãe espera para o parto, pôs parto e cuidados com o bebê. O documento deverá ser distribuído aos profissionais envolvidos, para garantir este tratamento humanizado que, convenhamos, deveria ser praxe, não é?

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