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Marquinhos de Oswaldo Cruz se apresenta no Consulado da Portela

Em julho, depois de se apresentar no Festival de Jazz de Nice, o cantor e compositor portelense lança o livro “O Caixeiro e os Poetas”

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Cristina Granato/Reprodução
Foto: Cristina Granato -Show de Gravação do  novo CD  de Marquinhos de Oswaldo Cruz – Imperator- Meier. 18/09/2014.
1 de 1 Foto: Cristina Granato -Show de Gravação do novo CD de Marquinhos de Oswaldo Cruz – Imperator- Meier. 18/09/2014. - Foto: Cristina Granato/Reprodução

No último dia 11, a Portela completou 93 anos de samba. Em Brasília, a data será comemorada com um show de Marquinhos de Oswaldo Cruz, no Consulado da Portela, na quadra da Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc). O evento também terá apresentações da Bateria da Aruc e dos grupos Kanella de Cobra e Adora-Roda.

A partir das 13h, o cantor e compositor portelense interpreta músicas dos discos “Uma Geografia Popular”, “Memórias de Minh´alma” e “Herança do Samba”, e sucessos do samba.

“Noel Rosa tem um música que relata como eram as escolas de samba antigamente. De certa forma, também faço isso: canto a memória dessas agremiações que passam de geração para geração. Sou um cara preocupado com esses bens imateriais. Mas também canto minhas composições, partidos altos que deixam o show bem animados”, conta Marquinhos.

De volta ao Rio de Janeiro, ele se prepara para mais uma apresentação no Festival de Jazz de Nice, em junho. “Será minha segunda vez no evento. No ano passado, levei o show ‘Marquinhos de Oswaldo Cruz e o Trem do Samba’. O pessoal adorou. Como diria Muniz Sodré, o samba é o dono do corpo. Quando o público percebeu, já estava em pé, dançando”.

No início de julho, ele lança novo projeto, o livro “O Caixeiro e os Poetas”. Na obra, Marquinhos conta como se tornou compositor. “Eu era caixeiro numa loja de construção e Argemiro, Candeia e Picolino da Portela, entre outros, eram meus fregueses. Aí, eles se tornaram meus amigos. O livro vem com um disco artesanal encartado, com essas parcerias”.

“Cada composição nasceu de um de jeito. Candeia faleceu e deixou algumas melodias gravadas num fita K7. Cristina Buarque tinha uma dessas fitas. Peguei uma música e coloquei a letra. A parceria com Seu Argemiro também é póstuma. Ele fez a primeira (parte da canção), deixando a segunda para ser completara por mim”.

Trem do Samba e Feira das Yabás
No Rio, Marquinhos comanda dois projetos que são paradas obrigatórias para os amantes do samba. Todo segundo domingo do mês, na Praça Paulo da Portela (Oswaldo Cruz), a Feira das Yabás reúne 16 barracas de comidas típicas do subúrbio carioca com shows de Monarco, Wilson Moreira e Teresa Cristina, entre outros sambistas.

Em 2 de dezembro, todos os anos, o Dia Nacional do Samba é comemorado com o Trem do Samba, que reúne alguns artistas do gênero em shows nada convencionais: nos vagões de trens que saem da Central do Brasil rumo aos bairros da Zona Norte do Rio. Na ativa desde 1996, o evento cresceu e, atualmente, também acontece em palcos espalhados pela cidade. “A 21ª edição do projeto terá novidades em 2016, mas ainda não posso adiantar o que é. Só posso dizer que será ainda melhor do que no ano passado”, avisa Marquinhos.

Dia 16/4 (sábado), a partir das 13h, na Quadra da Aruc (Área Especial 8, Cruzeiro Velho; 3361-1649). Ingressos a R$ 25 (antecipados, com feijoada inclusa). Não recomendado para menores de 18 anos.

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