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Em seis meses, pedidos de comida por delivery crescem 52% no DF

O crescimento foi registrado entre janeiro e junho deste ano. Segundo pesquisa, as pizzas ainda são os pratos mais pedidos pelos brasilienses. Crescimento da modalidade tem motivado a abertura de restaurantes voltados especificamente a esse público

atualizado

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1 de 1 delivery comida - Foto: iStock

Em meio à correria do dia a dia, as pessoas procuram cada vez mais otimizar o tempo que têm. Essa tendência chega até a hora das refeições: um levantamento aponta que, entre janeiro e junho deste ano, o número de pedidos de comida online entregues por serviços de delivery cresceu 52% no Distrito Federal.

A pesquisa foi feita pelo aplicativo PedidosJá, com base em 10 mil pedidos realizados no primeiro semestre em 250 restaurantes. Os pratos líderes na preferência do brasiliense são as pizzas, que correspondem a 24% das solicitações. Os lanches (sanduíches em geral, wraps e salgados) aparecem na vice-liderança com 18%, seguido pelas carnes (15%), comida japonesa (9%) e hambúrgueres (4%).

Os dados também mostram que os homens são os que mais solicitam delivery na capital federal, com 52% de participação. Já a faixa etária que prevalece são as pessoas entre 25 e 29 anos, responsáveis por 30% dos pedidos.

De acordo com o levantamento, os consumidores gastam uma média de R$ 49 por pedido. Cerca de 31% dos pedidos efetuados pelos clientes na cidade são acompanhados por bebidas, em maioria por refrigerante. As formas de pagamentos mais utilizadas são o cartão de crédito (57%), dinheiro (29%), débito (10%) e tíquete refeição (4%).

Comodidade
Uma dessas consumidoras é a estudante Carolina Garcia, 21 anos, que costuma utilizar o serviço pelo menos uma vez por semana. A jovem conta que o delivery facilita muito por conta da comodidade e rapidez. “Geralmente, peço no almoço quando estou com pressa ou sem tempo para sair, às vezes, lancho à noite em casa ou até mesmo como à tarde, no trabalho”, conta.

Carolina explica ainda que o delivery a ajuda a gerenciar melhor os horários. “Como estou trabalhando e estudando bastante, uso o tempo que gastaria pra decidir onde ir, me deslocar até local, comer e voltar para fazer outras coisas. Tento usar melhor esses minutos de diferença”, explica.

Sem crise
Esse crescimento no consumo também reflete na abertura de negócios especializados nesse tipo de serviço. Há cinco meses, Alexandre Foizer, 30 anos, se uniu a outros dois sócios e comprou uma franquia de restaurante japonês que só atende pedidos online para entregas por delivery ou pick-up — quando o cliente busca o prato no balcão e leva para comer em outro local.

Segundo Alexandre, a ideia de assumir um sushi delivery partiu de uma carência do mercado local. “Existem poucos serviços do tipo aqui e, nesses locais, os clientes geralmente reclamam que a comida já chega com cara de velha, bagunçada. Era isso que queríamos mudar”, conta. O negócio deu certo e Alexandre afirma que, mesmo com a crise econômica que tem assolado o Brasil, a empresa conseguiu crescer e hoje recebe entre 60 e 80 pedidos por noite.

Para o empresário, entre as maiores vantagens em abrir um restaurante que trabalha exclusivamente com entregas está a questão econômica. “Nossa operação é bem mais enxuta. Não precisamos pagar garçons, podemos ficar em uma loja menor, e o ponto não precisa ser bem localizado. Isso torna mais tranquilo”, explica.

O negócio, no entanto, também tem seus lados negativos. De acordo com Alexandre, a resolução de problemas com clientes é muito mais complexa. “Se o cliente pede um molho e, por algum equívoco ele não é enviado, o motoboy precisa voltar até a loja e depois ao consumidor. Esse tipo de questão acaba sendo mais difícil”, conclui.

Segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), no ano passado, o setor de delivery teve faturamento de R$ 9,5 bilhões no país. O número representa crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior, quando a modalidade movimentou R$ 8 bilhões.

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