metropoles.com

Agefis faz operação de derrubada em condomínio do Altiplano Leste

Cerca de 200 casas do Estância Quintas do Alvorada estão na mira dos tratores. Segundo o órgão do GDF, os imóveis foram construídos em área pública

atualizado

Compartilhar notícia

João Gabriel Amador/Metrópoles
quintas do alvorada
1 de 1 quintas do alvorada - Foto: João Gabriel Amador/Metrópoles

Equipes da Agência de Fiscalização do DF (Agefis) fazem uma operação de derrubada no condomínio Estância Quintas da Alvorada, no Altiplano Leste, entre o Lago Sul e o Paranoá, nesta segunda-feira (15/8). Cerca de 200 casas estão na mira dos tratores. Segundo o órgão do GDF, os imóveis foram construídos em área pública. Os moradores se mobilizam para tentar uma liminar da Justiça para interromper a derrubada.

O clima é de apreensão. Muitos moradores tentam descobrir com agentes da Agefis se suas casas serão as próximas. Mansões de dois andares estão indo ao chão. Nessa primeira fase, imóveis em construção ou vazios estão sendo derrubados.

O dono de uma das casas se disse surpreso com a ação. “Era por volta de 9h quando os agentes chegaram. Tive que sair às pressas, tirar móveis. Minha esposa e meu filho também tiveram que sair. Moro aqui desde 2003, é uma injustiça” desabafou o comerciante Cledson Prates, de 37 anos. Segundo ele, foram gastos mais de R$ 350 mil na construção do imóvel.

João Gabriel Amador/Metrópoles
Moradores cercam fiscais da Agefis para saber se suas residências serão derrubadas

 

Segundo a Agefis, a operação cumpre determinação judicial decorrente da ação civil pública 29.041/94. Aproximadamente 200 outras construções no condomínio realizadas após julho de 2014 também devem ser derrubadas.

A Agefis explicou que a identificação das construções irregulares é feita por geoprocessamento utilizando imagens de satélite. De acordo com o órgão, o terreno, de 2.313.122 metros quadrados, pertence à Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) e vinha sendo ocupado irregularmente desde 2008.

A agência garante que nenhuma das residências chegou a ser habitada. A maioria ainda está na fase de obras de alvenaria. Há três liminares judiciais: uma delas destinadas a garantir a construção de duas portarias de acesso ao condomínio, e duas para habitações.

Paralelamente à derrubada das construções irregulares, técnicos da Companhia Energética de Brasilia (CEB) desfizeram ligações clandestinas de energia elétrica. Materiais de construção, como cimento e argamassa, foram apreendidos pela fiscalização. Os donos podem reaver os produtos no depósito da Agefis, no Trecho 4 do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), após comprovação de compra por meio de notas fiscais e pagamento de taxas e multas. A expectativa é que a operação dure cerca de duas semanas. (Com informações da Agência Brasília)

Compartilhar notícia