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Polícia prende dupla suspeita de matar mulher a facadas no DF

Edna Maria, conhecida como “Cigana”, teria delatado os dois por um outro homicídio, que ocorreu em novembro de 2019, em Samambaia

atualizado

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Edna
1 de 1 Edna - Foto: Reprodução/Internet

Um homem de 36 anos e uma adolescente de 16, foram presos em flagrante pela Polícia Civil. Eles são suspeitos de matar Edna Maria Souza, 40 anos, na terça-feira (14/01/2020), em Samambaia.

Durante a investigação, os policiais da 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia) reuniram indícios que apontam que a dupla matou a vítima com uma faca porque acreditava que a Edna (foto em destaque) teria delatado os dois à polícia, por um outro homicídio, ocorrido em novembro de 2019, na mesma cidade.

Na manhã desta quarta (15/01/2020), a reportagem esteve na casa da vítima, que era conhecida como “Cigana”. Edna Maria morreu dentro do imóvel, na QS 307, após ser atingida com golpes de faca no pescoço e na barriga.

O marido ganhava a vida como catador de papelão. “Eu vi quando essa residência foi construída. No começo, uma família morava aqui, mas logo foram embora. O terreno ficou abandonado e os moradores de rua começaram a vir”, lembra Elismar Justo, 36 anos, morador da região desde 1989.

Segundo ele, era muito comum os sem-teto frequentarem o local. “Essa região é muito perigosa, principalmente à noite. Dá muito medo de passar por aqui no escuro”, conta.

A casa onde o crime ocorreu se encontra em situações precárias. Mais da metade da residência se encontra sem telhado, além de ter muita sujeira e bagunça.

Confira nas imagens:

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Alissom Suzano, 35 anos, trabalha em um mercado próximo. Ele lembra que o marido da vítima correu para pedir socorro, afirmando que a mulher tinha morrido e que precisava de ajuda.

“Eu conhecia essa mulher de vista. Ela era conhecida como Cigana. Por volta das 15 horas de ontem (terça), o marido dela chegou ao mercado gritando: ‘Minha mulher morreu!’. Na hora eu não acreditei, mas fui até a casa”, afirma.

Quando chegou lá, Alissom viu a vítima com a mão na barriga e muito sangue. “Ela estava pálida, já sabia que estava morta. Na hora, eu liguei para o Samu e para polícia, mas já era tarde”, afirmou.

Ainda segundo Alisson, o marido da vítima era catador de papelão e estava constantemente embriagado. “Sempre que eu passava em frente a casa, havia moradores de rua sentados, bebendo no meio fio. É uma região perigosa” aponta.

“Eu ouvi dizer de algumas pessoas que estavam aqui na hora. E que o marido dela tinha arrumado outra mulher. Talvez tenha sido isso. Nunca vi casos de brigas entre os dois”, ressaltou.

A Polícia Civil ainda apura a autoria e a motivação do crime. Um catador de materiais recicláveis, de 31 anos, e uma adolescente infratora, de 16 anos, são os supostos autores. A menor seguiu para a Delegacia da Criança e do Adolescente, enquanto o homem foi para a carceragem da PCDF. ​A ocorrência está com a 32ª DP.

Três mulheres assassinadas

Na terça-feira (14/01/2020), três mulheres foram assassinadas em Samambaia. Dois casos são tratados por investigadores como feminicídio. Em um deles, a qualificadora acabou descartada pela Polícia Civil (PCDF). Os crimes ocorreram entre as 5h30 e as 19h30.

No último, no Conjunto 4 da Quadra 321 de Samambaia, Ruti Paulina da Silva teria sido morta pelo companheiro. Vizinhos contaram que ela teria sido esfaqueada e saiu de casa correndo pedindo socorro, mas caiu no chão e ficou agonizando até morrer. A mulher tem dois filhos, um de sete e um de dois anos. Um dele chegou a dizer que viu o pai esfaqueando a vítima.

O caso de Edna, contado acima, ocorreu duas horas antes. Ele não está sendo considerado feminicídio pela polícia.

Já por volta das das 5h30, Leonardo Pereira, 31, assassinou a companheira Gabrielly Miranda, 18, com um tiro, na QR 425. Leonardo confessou o crime e disse à polícia que ambos estavam brincando de “roleta-russa”. Na versão dele, a vítima teria apontado a arma contra a perna e acionado o gatilho. Em seguida, ele pegou o revólver, mirou na cabeça da jovem e disparou. Gabrielly morreu na hora.

O criminoso vai responder por feminicídio duplamente qualificado por motivo torpe contra a mulher e posse de arma, podendo pegar de 12 a 30 anos de pena. A audiência de custódia deve ocorrer nesta quarta-feira (15/01/2020), podendo ser convertida em liberdade provisória ou prisão preventiva.

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