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Universidade proíbe que funcionários cuidem de filhos durante o home office

A regra da Universidade Estadual da Flórida entra em vigor em agosto

atualizado

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Covid-19 está “destruindo as carreiras das mães”, diz pesquisa britânica
1 de 1 Covid-19 está “destruindo as carreiras das mães”, diz pesquisa britânica - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Com a pandemia do novo coronavírus, diversas profissões precisaram aderir ao trabalho à distância, assim como as aulas presenciais de escolas e faculdades foram interrompidas por todo o mundo e substituídas por encontros a distância. Por conta disso, pais e filhos passaram a ficar isolados em casa por 24h, inclusive durante o expediente em home office.

É comum que os pais precisem cuidar das crianças enquanto trabalham, equilibrando as duas rotinas simultaneamente. A Universidade Estadual da Flórida permitia que isso ocorresse e caracterizava como “exceção temporária à política” da instituição. No entanto, recentemente, a medida foi revogada.

“A partir de 7 de agosto de 2020, a Universidade retornará à política normal e não permitirá mais que os funcionários cuidem de crianças enquanto trabalham remotamente”, diz o e-mail encaminhado aos empregados.

Para Jenny Root, professora assistente de educação especial e mãe duas crianças, um de 4 anos e uma de 7 meses, a ação da Universidade demonstra descaso com os profissionais.

“Isso me faz sentir que estou falhando em tudo o que faço. A FSU (sigla da universidade em inglês) está agindo como se tivesse o privilégio de não cuidar dos filhos enquanto trabalhamos, quando é literalmente o que eu tenho que fazer”, disse Jenny ao The Lily, portal americano.

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A vice-presidente associada de recursos humanos da Universidade, Renisha Gibbs, garantiu em entrevista que a medida faz parte de plano para retomar as operações normais do campus, conforme as condições permitirem. A Flórida tem mais de 158 mil casos do novo coronavírus e soma 3.650 mortes, segundo o Departamento de Saúde do estado.

“Se os funcionários não tiverem opções de creche ou optarem por não enviar seus filhos para a escola no outono, eles deverão trabalhar com seus supervisores para identificar um horário de trabalho flexível que lhes permita cumprir seus deveres de trabalho e suas responsabilidades familiares”, afirmou Renisha, também em entrevista ao The Lilly.

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