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Catherine Deneuve assina carta sobre direito do homem “importunar”

O texto, escrito pela atriz e por outras 99 mulheres influentes, gerou polêmica e debate

atualizado

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Dimitrios Kambouris/Getty Images
An Evening Honoring Louis Vuitton And Nicolas Ghesquiere
1 de 1 An Evening Honoring Louis Vuitton And Nicolas Ghesquiere - Foto: Dimitrios Kambouris/Getty Images

Uma carta aberta publicada pelo jornal Le Monde, na terça-feira (9/1), causou polêmica. O texto fala sobre o direito do homem importunar quem quiser e ataca movimentos atuais, como o Me Too. Assinado por intelectuais e famosas francesas, como a atriz Catherine Deneuve, a escritora Catherine Millet e a cineasta Brigitte Sy, o manifesto também se posiciona contra o “puritanismo”.

“Nós defendemos a liberdade de importunar, indispensável à liberdade sexual”, foi o título escolhido para a publicação. As mulheres por trás da carta se preocupam que os novos movimentos feministas limitem os homens e se tornem uma “caça às bruxas”.

“Os homens têm sido punidos e forçados a saírem de seus empregos, quando tudo o que fizeram foi tocar o joelho de alguém ou tentar roubar um beijo”, escreveram. “Estupro é crime, mas tentar seduzir alguém, mesmo de forma insistente ou desajeitada, não é. Cavalheirismo também não é uma agressão machista.”

O texto associa denúncias contra assédio e estupro a um novo tipo de puritanismo. “Não nos reconhecemos nesse feminismo, que além de denunciar o abuso de poder, apoia o ódio aos homens e à sexualidade”.

Nas redes sociais, muitos usuários debateram o conteúdo da carta e opinaram sobre feminismo. Apesar disso, a BBC informa que o texto não estampou nenhum jornal francês e não houve tanta repercussão no país.

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