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Décor afetivo: Ângela Cambraia fala sobre forte tendência de decoração

Arquiteta enumera dicas para seguir o modismo de maneira não datada. Para isso, ela usa exemplos do próprio espaço na CASACOR Brasília

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Arquitetura afetiva
1 de 1 Arquitetura afetiva - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Decorar ambientes é como montar um quebra-cabeça. Cada objeto deve ser posicionado de maneira estratégica para, ao final, quando todas as peças estiverem encaixadas, o ambiente narrar uma história — a sua história. Partindo desse princípio e respeitando o tema da CASACOR Brasília 2021, a arquiteta Ângela Cambraia, do escritório CasaCam Arquitetura, deu vida ao espaço Canto do Tempo e Alento, o mais afetivo e aconchegante da mostra de decoração.

“Assim que soube o tema desta edição, o Casa Original, despertei o desejo de fazer o ambiente mais frequentado e de maior valor sentimental da minha casa: a cozinha”, revela a cearense radicada em Brasília, que carrega o Nordeste no sotaque e no coração. “Ainda acredito que todos nós aprendemos a valorizar mais esse espaço nos últimos meses devido à pandemia [de coronavírus]. A cozinha nunca esteve tão movimentada!”, acrescenta.

O espaço de Ângela Cambraia é o que melhor ilustra a forte tendência da decoração afetiva na CASACOR Brasília

O espaço reservado pela organização do evento para a arquiteta, no entanto, tinha dimensões generosas demais para, na visão dela, abrigar apenas um cômodo. “Gosto de criar ambientes reais. Ninguém, ou quase ninguém, pode ter uma cozinha de 75 m², não é verdade? Por isso, ao lado, construí uma sala de confraternização, batizada de sala do vinho”, detalha.

Ângela, que está expondo o trabalho na maior vitrine de design do Centro-Oeste pela quarta vez consecutiva, ainda achou interessante ornamentar os dois ambientes conforme a forte tendência da decoração afetiva — trend essa que, na visão da arquiteta, veio para ficar.

“Casa Original me remete à casa dos avós, o verdadeiro lar das nossas origens. Desse modo, quis trazer memórias afetivas para tirar do papel um projeto aconchegante e com caráter nostálgico, carregado de personalidade”, elucida.

Sala do vinho, acoplada à cozinha e igualmente recheada de objetos afetivos

Pelos corredores do espaço assinado pela veterana, logo, é possível compreender a história dela e encontrar relíquias de seu passado, como louças das avós, armários do avô paterno e livro de receitas da mãe. “Perdi a minha mãe cedo, aos 13 anos. O livro de receitas é uma das poucas lembranças que tenho dela. Mas, como uma espécie de compensação, tive o privilégio de conviver com os meus avós por muito tempo e herdar diversas memórias deles, memórias essas expostas aqui”, declara.

“É um ambiente que me faz muito bem, sobretudo em momentos difíceis como os atuais. E decoração afetiva é sobre isso, sobre sentir-se acolhida em um ambiente que valoriza sua história e te remete a boas sensações”, complementa.

A cearense ainda destaca que as cores das paredes e dos móveis da sala do vinho tiveram como fio condutor um quadro de uma de suas três filhas, a artista e estudante de Arquitetura Elba Caimbra, de 24 anos. “Além de outros quadros de Elbinha, um inclusive do nosso cachorrinho schnauzer que faleceu recentemente, o cômodo abriga uma fotografia do meu genro e livros de design da minha época de faculdade”, cita, enaltecendo o valor agregado de cada peça.

Móveis novos de materiais naturais, que também evocam o bem-estar, e vintages encontradas em brechós, como a cadeira boneca rosa-choque e a chaise pintada de lilás, também abrilhantam o espaço simbólico.

Destaque para o quadro multicolorido da filha da arquiteta, a artista Elba Cambraia, de 24 anos
Afetivo, sim! Datado? Jamais

A profissional revela três dicas para seguir a forte tendência de maneira não datada.

Não tornar-se vítima de modismos
“Muitos clientes costumam cair na armadinha de comprar peças da moda que não representam em nada suas personalidades. Não caia nessa cilada! Busque móveis que te toquem e representem sua história”, aconselha.

Equilíbrio entre velho e novo
“Apesar de amar peças antigas e carregadas de significado, considero importante equilibrar essas relíquias com móveis novos e em tons mais atuais. Dessa maneira, cria-se um respiro necessário para não deixar a casa similar a um museu”, orienta. Para a mostra de design, a arquiteta criou um espaço com 30% de móveis vintages e 70% de atuais. “A proporção não necessariamente precisa ser essa, mas é um bom balanço”, complementa.

 Garimpar em antiquários
 “Não tem objetos que pertenceram a entes queridos? Sem problemas! Busque móveis que te lembrem eles em lojas vintages”, finaliza.

Confira mais fotos do espaço de Ângela na CASACOR e inspire-se!

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