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Venda de bicicletas dobra na pandemia. Veja dicas para escolher a sua

Experts ensinam o que deve ser levado em consideração na hora de investir em uma bike. OMS dá sinal verde para uso das magrelas na pandemia

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Mulheres andando de bicicleta em parque
1 de 1 Mulheres andando de bicicleta em parque - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Andar de bicicleta desperta uma rara sensação de liberdade. Sentir o vento bater no rosto e a vitamina do sol penetrar na pele ainda faz a cabeça esquecer, ainda que por instantes, preocupações da vida, como o surto de Covid-19.

Pedalar também ajuda no resgate da autoestima, promove sensação de bem-estar e, para coroar, evita aglomerações nos transportes públicos, foco alarmante de contaminação de doenças. Por essas fortes razões, não é de se estranhar que as vendas das “magrelas” tenham disparado durante a pandemia em diversos países do mundo, incluindo o Brasil.

ciclistas na pandemia
Ruas menos movimentadas também têm incentivado o uso de bicicleta na pandemia

Segundo levantamento da organização Aliança Bike, em maio e junho deste ano, o consumo de bicicletas dobrou no país em comparação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com dados da pesquisa, feita com mais de 40 associados, esse crescimento exponencial é reflexo da mudança impulsionada pelo vírus no estilo de vida da população.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vibra com esse aumento. A entidade reconhece o meio de transporte individual e sustentável como um dos mais seguros para quem precisa sair de casa em meio à pandemia.

Como escolher uma bike

Antes de tudo, é importante ressaltar que a escolha de uma bicicleta é uma tarefa extremamente pessoal. Por isso, características físicas e lifestyle devem ser levados em consideração para um investimento inteligente.

Todavia, o empresário Caio Caltabiano, à frente da Sporcicle, uma das lojas mais tradicionais do ramo em Brasília, afirma que há dicas gerais para quem deseja entrar nessa onda dos passeios de “camelo” pela cidade.

“Existem diversos estilos de bicicleta, e a primeira dica é: não se deixe influenciar pelos modelos que estão na moda ou por aqueles que seus amigos têm”, orienta Caio. Ele frisa que o equipamento deve atender às suas necessidades e expectativas particulares, e destaca as categorias mais comuns do mercado.

“A mountain bike, aquela de pneu mais grosso e guidão reto, por exemplo, foi feita para fazer trilha. A de ciclismo, com assento elevado e guidão virado para baixo, é voltada para quem tem altos desafios de desempenho ou percorre longos trajetos no asfalto. Já as de mobilidade urbana, com pneu fino, sem amortecedor ou marcha, são leves e perfeitas para passeios na cidade, ou seja, talvez as mais aconselhadas para quem busca uma bicicleta neste momento”, revela o profissional.

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Arquiteto e coordenador da agência brasiliense de cicloturismo urbano Camelo Bike Tour, Graco Santos concorda que as bicicletas urbanas são uma boa pedida, principalmente para quem mora em Brasília. “A cidade tem a maior malha cicloviária do país e uma topografia praticante plana, resumindo, não precisamos de uma bike supercompleta e com marcha para pedalar por aqui, seja a passeio, seja para ir ao trabalho todos os dias”, avalia.

Na opinião de Graco, uma boa bicicleta – “boa, não excelente!” – está na faixa dos R$ 1.300. “Para quem planeja comprar uma bike para passeio, também vale investir em acessórios, principalmente bagageiro e paralama”, orienta.

Para quem tem orçamento largo (ou ilimitado), os profissionais ouvidos pela reportagem recomendam modelos de marcas tops do mundo, como Specialized, Trek e Cannondale.

Os especialistas aproveitam para salientar que, devido à alta demanda dos últimos meses, “os consumidores brasileiros talvez tenham de lidar com a demora na entrega ou até mesmo a falta de produtos no mercado”. A situação deve se normalizar dentro de dois a três meses, tempo previsto para os estoques das lojas serem renovados.

O hype das bicicletas elétricas

Se você está namorando bicicletas há um tempo, de certo já se deparou com os modelos elétricos, mais precisamente os da marca paranaense Watts. Envelopadas com cores em tons pastel e design instagramável, as bikes dessa empresa são sucesso absoluto nas redes sociais.

“A Watts nada mais é do que o futuro. Todos os produtos são 100% sustentáveis e elétricos, e vão de scooters a skates”, diz Fernando Marques, um dos sócios da empreitada. “A autonomia depende do modelo. A bicicleta que vai mais longe, por exemplo, roda 50km. Com uma bateria extra, chega a 90km”, complementa.

A marca tem pontos de venda no Distrito Federal, assim como em São Paulo e no Rio de Janeiro. Também aceita encomendas via e-commerce. Os preços começam a partir dos R$ 5 mil, podendo chegar aos R$ 13 mil.

 

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Incentivo ao ciclismo ao redor do mundo

Pelos motivos mencionados ao longo desta reportagem, o uso de bicicletas tem recebido incentivo ao redor do globo, principalmente agora, no mundo pós-descoberta do coronavírus.

A França, por exemplo, acaba de anunciar um pacote de 20 milhões de euros de incentivo para a utilização de bikes. Já a Itália comunicou a injeção de 120 milhões de euros na mobilidade sustentável do país ainda este ano, incluindo o bônus para compra de bicicletas, e-bikes e veículos elétricos de micromobilidade. Os investimentos são uma estratégia de diminuir aglomerações e o uso do transporte público, além de, claro, contribuir para a redução do aquecimento global.

Cuidados ao pedalar durante a pandemia

Na pandemia, o uso de máscara facial é recomendado pela OMS sempre que for necessário sair de casa, ou seja, você deve, sim, pedalar com o equipamento de proteção individual, ao menos até o surto de Covid-19 passar.

Ao fazer atividade física na rua, mesmo ao ar livre, ainda é prudente levar álcool em gel para higienizar as mãos e um pano de uso estritamente individual para enxugar o suor. Também é importante evitar aglomerações e, por isso, optar por passeios de “camelo” na rua de casa ou em avenidas menos movimentadas.

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