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Queda capilar de Jada Smith pode ter origem emocional, dizem médicos

Especialistas revelam como lado psicológico pode desencadear e agravar a alopecia, doença capilar que vitimiza a artista

atualizado

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Jada Pinkett Smith e seu marido, o ator Will Smith em premiação do Oscar. Ela tem a cabeça raspada, de vestido bege, e ele usa terno, sorrindo, e segura a estatueta do prêmio - Metrópoles
1 de 1 Jada Pinkett Smith e seu marido, o ator Will Smith em premiação do Oscar. Ela tem a cabeça raspada, de vestido bege, e ele usa terno, sorrindo, e segura a estatueta do prêmio - Metrópoles - Foto: Lionel Hahn/Getty Images

As pesquisas por alopecia cresceram 97% nas últimas horas, segundo dados do Google Trends. A curiosidade acerca da doença capilar aumentou após a briga de Will Smith e Chris Rock no Oscar 2022, realizado nesse domingo (27/3) em Los Angeles, nos Estados Unidos. O ator deferiu um tapa no comediante após piada de mau gosto sobre a cabeça raspada de sua esposa, Jada Pinkett Smith, vítima da condição, no palco da premiação.

O problema da artista acomete 2% da população e pode ter origem emocional, segundo especialistas. “Existe uma relação já comprovada entre o estresse, as alterações emocionais e o desencadeamento de alopecias em pacientes predispostos. Essas alterações podem alterar o ciclo capilar, comprometendo questões fisiológicas e metabólicas envolvidas na manutenção da saúde do cabelo”, explica a cientista e especialista em distúrbios do couro cabeludo Jackeline Alecrim.

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O dermatologista Renato Pazzini faz coro à fala da expert e esmiúça a doença. “Existem diversos tipos de alopecia, sendo a mais comum a androgenética, popularmente conhecida como calvície, que tem origem genética e pode acometer homens e mulheres. Outra doença do grupo das alopecias é a areata [condição de Jada], doença autoimune que atinge pessoas de qualquer idade e realmente pode ser desencadeada e agravada pelo lado emocional”, elucida.

Mais de 100 fios por dia

A principal forma de identificar a alopecia é observar a quantidade de fios perdidos por dia, de acordo com o médico tricologista Ademir Jr. Se o número for maior que 100, a orientação é procurar um especialista. Outro forte sinal são as falhas no couro cabeludo.

“Distúrbios capilares não representam ameaça direta à vida, embora possam ser sinal de uma doença mais séria, como tumores secretantes e lúpus eritematoso sistêmico. Ainda assim, é importante ter em mente que eles afetam significativamente a qualidade de vida dos acometidos e, por isso, merecem atenção. Se você está passando por esse problema, busque ajuda de um especialista”, aconselha o profissional.

Tratamento

A pós-graduada em laser e dermatologia pela Universidade de Harvard Valéria Campos revela que, em casos de alopecia areata, a perda de cabelo pode não ser permanente, uma vez que os folículos pilosos não são destruídos, mas sim colocados em estado de repouso. “Dessa forma, o cabelo pode voltar a crescer com ajuda de diversos tratamentos, a exemplo de medicamentos biológicos, tópicos, suplementos orais, uso de laser e até mesmo intervenções no estilo de vida com o objetivo de controlar o estresse”, diz a especialista.

“A solução para o problema geralmente é feita de modo multidisciplinar. Eu, por exemplo, costumo elaborar um plano de ação em conjunto com uma equipe de psiquiatras ou psicólogos para também fortalecer o lado emocional do paciente, muito afetado pela doença”, complementa Fernanda Nichelle, pós-graduada em dermatologia estética à frente de clínica homônima em Porto Alegre.

Jada Smith

A importância do bem-estar psicológico para evitar diversas doenças é reforçada pela psicóloga pós-graduada em psicanálise e saúde mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein Monica Machado. “O controle do estresse é extremamente importante para prevenir alguns tipos de doenças graves de fundo psicológico”, alerta. A terapia é sabidamente uma das melhores maneiras de manter a saúde mental.

A condição de Jada Smith não era segredo em Hollywood. A artista fala abertamente sobre o assunto nas redes sociais e na televisão há cinco anos.

Além de protagonizar uma das cenas mais emblemáticas da premiação, Will Smith levou para a casa o prêmio de Melhor Ator. A estatueta, conquistada pela atuação em King Richard: Criando Campeãs, foi a primeira do intérprete.

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