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Psicólogo ensina como ser uma pessoa mais tranquila no trânsito

Profissional explica as consequências de dirigir impacientemente

atualizado

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Estresse no trânsito
1 de 1 Estresse no trânsito - Foto: iStock

Esta semana, durante uma batida de trânsito, um morador de Brasília teve um ataque de fúria e quebrou o carro de uma mulher, enquanto ela e suas filhas ainda estavam no veículo. Muita gente se perguntou, então, por que dirigir causa tanto estresse em algumas pessoas, e o que faz elas agirem assim. O Metrópoles conversou com um psicólogo para entender.

Não foi a primeira vez que brigas de trânsito acabaram com alguém prejudicado ou em tragédia. Infelizes situações como essa acontecem diariamente pelo mundo. De acordo com o psicólogo Igor Barros, essas reações podem estar relacionadas ao esforço de cada um para realizar ações. “Dirigir requer atenção e o cérebro se esforça para se concentrar nesse ato”, explica o especialista.

“Qualquer atitude que fuja do senso comum dessa direção para a pessoa, como passar por um buraco fundo e escutar a roda batendo, levar uma fechada ou até o ato de buzinar, se a pessoa estiver muito concentrada e se assusta, faz com que ela ative algumas sensações ruins e de reprovação no cérebro”, pontua Barros. “Alguns têm capacidade de, rapidamente, voltar ao seu estado normal, mas outras não”, relata.

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Essa mudança de estado de humor faz com essas pessoas entrem em um estado de nervosismo, fruto de uma alta tensão, e fiquem mais agressivas.

Estado de desconfiança

Outras dúvidas são em relação a pessoas que, usualmente, não agem de forma agressiva, mas se transformam quando estão em frente ao volante. O psicólogo relaciona esse gesto ao senso de desconfiança desenvolvido em situações que podem fugir do seu “controle”.

“No trabalho ou em casa, é possível controlar as coisas. Se você está na sua cadeira, por exemplo, ela faz só o movimento que você quer. Mas se acontece de alguém derramar algo em você, pode acontecer aquele estresse, mas você está vendo a pessoa que trabalha contigo, conhece ela e pode ter até algum tipo de relacionamento. No trânsito, isso não existe”, pontua o expert.

“Todo mundo é estranho nessa situação. E se algum acontecimento estressante acontece, transformando uma pessoa calma em alguém mais explosivo, é comum elas demonstrarem comportamentos mais agressivos”, explica.

Distúrbio frequente

Apesar de não ser considerado um distúrbio, o psicólogo alerta para a frequência desses acontecimentos. “O que pode se transformar em um problema e a pode ser uma patologia encarada como distúrbio é quão frequentemente isso acontece e se ocorre mesmo quando não há um motivador”, sinaliza.

“Se apenas de dirigir a pessoa é nervosa, sai arrancado, fecha os outros, xinga, grita, buzina, independentemente se houver pressa, isso já demonstra um pouco de característica da pessoa para situações de estresse, situações de burnout”, exemplifica.

Tratamento

Se essa for uma característica corriqueira, é necessário buscar por um especialista que identifique essa característica de estresse no individuo. De acordo com o psicólogo, o tratamento vai ser voltado para que um “dirigir suave” e para que crie consciência de ação, porque o objetivo da direção é facilitar a vida. “O tratamento deve vislumbrar muito bem a forma como a pessoa reage à necessidade que ela tende se locomover”, conta.

Igor ainda ressalta para uma característica comum que as pessoas têm de mentalizar os problemas da condução e os possíveis riscos durante o trajeto, “aí a tendência é que ela fique mais ansiosa e mais nervosa”. O psicólogo também indica uma técnica bem simples que vale para motoristas e motoqueiros.

Confira:

  • Antes de ligar o carro/moto, tente esvaziar a cabeça;
  • Não fique pensando em problemas do dia a dia;
  • Tente conduzir o veículo com a maior tranquilidade possível;
  • Mentalize onde você quer estar e como quer chegar.

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