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Bastidores temperados: Hamilton fala de Jacquin, Fogaça, Paola e de um horrível sushi

Comandante era a quarta opção da família para se candidatar ao programa. Levou a vaga, acabou eliminado e agora coloca os antigos planos para funcionar

atualizado

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Band/Reprodução
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1 de 1 4980_1_gr - Foto: Band/Reprodução

O MasterChef teve para Hamilton Carvalho a serventia de esquentar na mídia o food truck que ele já estava bolando. Após assistir à primeira temporada do programa da Band, bateu a ideia de mandar um enviado especial da família para tentar a sorte no reality show.

Seu enteado Philippe não podia assumir a missão, por já ser cozinheiro profissional. O comandante então foi convencendo, um a um, os outros familiares. Sua mulher, Erica fez um vídeo preparando uma galinhada ao pequi (prato que hoje também consta do cardápio regular do Master Truck). Sua cunhada, Nathalie fez outro, com um filé ao molho de cereja.

Nenhum deles recebeu qualquer tipo de resposta da produção da Band. Na terceira tentativa, deu certo. Hamilton foi chamado para ir a São Paulo, participar da série de eliminatórias para o MasterChef.

Band/ReproduçãoChatinha, implicante e irritante
A primeira peneira consistiu em simplesmente fazer o empratamento, de algo que já trouxe de casa, diante dos coordenadores do programa, numa espécie de audição. Na segunda qualificatória, ele cozinhou para a produção. Por fim, ele estava lá na hora da chamada disputa do avental. Agora sim para ir ao ar. Agora sim em frente aos jurados: Erick Jacquin, Henrique Fogaça e Paola Carosella.

Mesmo tendo sofrido restrições severas de cada um deles, Hamilton garante não guardar rancor dos três cozinheiros popstars. “É um show, né? Não vou levar para o pessoal o que disseram lá.” Porém, admite não simpatizar com Paola Carosella.

“Apesar de ter me elogiado muito, ter me dado uma moral danada no começo, a Paola é muito pé no saco. A mais chatinha, implicante e irritante. O Fogaça tem aquele jeitão dele, e tudo bem. E o Jacquin pode falar qualquer coisa, né? Pode dizer que um helicóptero passou voando em cima do meu doce, pode dizer que está horrível. Porque ele conhece muito, ele passa pela sua mesa e te dá um toque. Os outros dois, não.”

Pratos frios, espíritos quentes
Hamilton deixa a entender que Jacquin, Fogaça e Paola não são responsáveis inteiramente por todas as decisões tomadas ao longo do show. “Veja… A gente cozinha de manhã e eles só comem de tarde, após o intervalo do almoço. E, na verdade, quando experimentam, eles já têm uma definição. O pessoal da produção prova antes. Eles já têm também um contexto geral do que está acontecendo. Fulano tem intriguinha com fulano, ou fulano está pegando fulano. Tudo isso importa também.”

Band/ReproduçãoEstar longe de casa, para Hamilton, foi um fator claro de desvantagem. Entre os primeiros eliminados, ele enumera Cássia Castro de Mato Grosso, Larissa Douat e Gustavo Bicalho de Minas Gerais, Izabel Alvares do Rio de Janeiro (que depois voltou na repescagem e acabou por ganhar a disputa). “Ficam os que são de São Paulo, que podem voltar para casa e ficar estudando combinações para as provas futuras, preparando molhos e acompanhamentos”, ele acredita, citando que Fernando Kawasaki era famoso nas internas por virar a noite treinando na cozinha.

No hostal com metaleiros
Comandante Hamilton, por sua vez, ficava hospedado num hostal na Vila Madalena, onde certa noite teve de disputar as panelas com metaleiros famintos que voltavam do concerto de Ozzy Osbourne na cidade. “Eu comecei a cair no dia seguinte, que foi o dia do sushi. Mal tinha dormido. Mostrei fragilidade. Eu estava cansado e dizia nos bastidores que para mim já estava bom, que eu já estava com o truck food planejado.”

No desaventurado episódio do sushi, Hamilton tinha ideia de fazer uma barriga de porco. Acontece que Jacquin, ao visitar sua estação na cozinha-estúdio, não demonstrou nenhum entusiasmo com os preparativos. Hamilton mudou de ideia ali na hora e arriscou improvisar um sushi, depois de ver uma alga dando sopa na bancada do amigo Lucas Furtado. “Eu estava com arroz agulhinha, sabia que não era o tipo certo para se fazer sushi, mas pensei que ia ficar mais ou menos e podia então me livrar logo daquilo, não imaginei que fosse ficar assim tão ruim.”

Não estava ruim, não, estava horrível – segundo Erick Jacquin.

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