metropoles.com

Ator de Belíssima conta que sofre preconceito em novelas

Carlos Takeshi, de 58 anos, afirma que autores ainda tem uma visão de que personagens orientais precisam falar errado

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Facebook
Carlos Takeshi
1 de 1 Carlos Takeshi - Foto: Reprodução/Facebook

Carlos Takeshi atualmente está no ar na reprise de Belissíma, no Vale a Pena Ver de Novo, da TV Globo. Com pouca presença em novelas da emissora, Takeshi — que fez apenas cinco produções — afirma que o motivo é um só: preconceito.

O ator contou para o site Notícias da TV que recusou alguns papeis pelo fato dos autores descreverem os personagens orientais como caricatos. “Geralmente, os personagens são uma caricatura de orientais. Eu já recebi textos que vinham com as falas erradas, trocando a letra R pela L. Disso eu não gosto”, destacou.

 

0

Ao ser chamado para interpretar Takae Shigeto, marido de Safira (Caludia Raia) em Belíssima, o ator disse que teve problemas com a construção do personagem. “Uma das primeiras coisas que eu perguntei para o Silvio de Abreu foi se o Takae teria sotaque. Afinal, ele era brasileiro, descendente de orientais, não era um japonês que chegou ontem ao Brasil. Só que, no começo, os capítulos chegavam escritos como se ele falasse errado”, afirmou.

Além de atuar em Belíssima, Takeshi também trabalhou em Sol Nascente (2016) e Malhação Viva a Diferença (2017). Das experiências na TV, ele contou que o personagem que mais se identificou foi o Noburo, que interpretou em Malhação. “Era uma família brasileira, que falava português corretamente. E tivemos algo que me parece inédito na dramaturgia, uma família inteira de orientais. Pai, mãe, filhas, até a avó. Para a comunidade, isso foi muito importante”, finalizou.

Compartilhar notícia