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Porexia: obsessão com poros atinge quase metade das mulheres

Passar muito tempo se preocupando com o tamanho, o formato e a profundidade dos poros é sinal de alerta

atualizado

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Se você passa muito tempo encarando seu rosto no espelho ou dando zoom na sua pele quando tira uma foto só para analisar seus poros, cuidado: talvez você esteja sofrendo da mais nova obsessão de beleza, a “porexia”.

Mais frequente em mulheres, os sintomas do transtorno se assemelham ao de dismorfia corporal, uma condição séria em que a pessoa fica obcecada em “consertar” problemas que ela enxerga no próprio corpo.

O termo surgiu nos consultórios de dermatologistas, após eles notarem uma preocupação excessiva das pacientes com o tamanho de seus poros, além de sua dedicação para diminuí-los. A porexia ganhou ainda mais atenção com um relatório da L’Oréal Paris.

Segundo o texto, metade das mulheres americanas, cerca de 45% das entrevistadas, gostariam de mudar o tamanho de seus poros. E cerca de 28% afirmaram que se preocupam mais com eles do que com as rugas.

Metade ainda adotaria medidas drásticas para magicamente ter poros menores: 23% passariam um ano sem beber álcool, 17% ficariam sem redes sociais e 11% deixariam de depilar as pernas pelo mesmo período.

A dermatologista Sofia Sales confirma o fenômeno. “Não chamaria de obsessão, mas certamente é uma grande preocupação de quase todas as pacientes”. A especialista conta ainda que a dilatação é o principal motivo de reclamação.

Apesar de todo o estresse com essa parte da pele, a especialista ressalta que os poros são absolutamente naturais. “É normal a presença deles. Alguns são mais aparentes mesmo, outros são maiores, mas não é nenhum indicativo de problema de saúde”. O tamanho deles é genético e alterado por fatores como oleosidade e sujeira.

A pesquisa da L’Oréal revela também que 73% das participantes concordaram que nenhum produto ajudou a reduzir os poros. Mas Sofia explica que há procedimentos que são eficazes para reduzirem a aparência deles. “A pessoa deve ir ao dermatologista para que o profissional possa avaliar e indicar o melhor tratamento”, recomenda.

Confira quais são os tratamentos indicados pela especialista:

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