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Já fui vacinado contra a Covid-19. Posso tomar outro imunizante?

A notícia de que Nova York iniciará a vacinação de turistas tem animado até mesmo as pessoas que já foram imunizadas no Brasil

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Danny Lawson/PA Images/GettyImages
vacina de oxford/astrazeneca
1 de 1 vacina de oxford/astrazeneca - Foto: Danny Lawson/PA Images/GettyImages

Você viajaria para outro país com o objetivo de ser imunizado contra a Covid-19? Algumas nações têm promovido o chamado turismo vacinal, considerando que o maior atrativo é justamente a possibilidade de ser imunizado contra o vírus que assusta o mundo.

Nesta terça-feira (6/5), o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou que a cidade terá pontos de vacinação do imunizante Johnson & Johnson, que é de dose única, em locais turísticos. A ideia é incentivar o retorno dos viajantes a um dos principais destinos do planeta.

Por enquanto, porém, devido à situação local da pandemia, os brasileiros ainda não podem entrar nos Estados Unidos. Em entrevista à Globonews, entretanto, o prefeito disse que espera poder vaciná-los em breve.

Daí, surgem novas perguntas. Em caso de pessoas que já tenham tomado a primeira dose ou mesmo as duas doses de imunizantes de outros fabricantes, é recomendado tomar mais uma vacina de outra farmacêutica? Existe alguma contraindicação ou mesmo um benefício? O Metrópoles ouviu especialistas sobre a questão.

“Teoricamente, isso se chama intercambiabilidade de vacinas. É provável que a estratégia até otimize a resposta vacinal, sem prejuízos nem riscos no que diz respeito a efeitos adversos”, explica o médico infectologista José David Urbaez, diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal. O profissional da saúde, entretanto, ressalta que, até agora, não há evidências médicas sobre o assunto. Em outras palavras, não há comprovação científica a respeito de segurança e eficácia.

Sob o aspecto coletivo, o médico questiona ainda a decisão de algumas nações usarem a vacinação de estrangeiros como estratégia para promover o turismo. “Tenho questionamentos éticos em relação ao turismo vacinal: se está sobrando vacinas para aplicar em turistas, por que não mandam essas doses para países que ainda nem começaram a vacinar por ausência de recursos?”, pergunta Urbaez.

Deslocamento
O infectologista André Bon, do Hospital Brasília, recomenda que aqueles que cogitam realizar o turismo vacinal avaliem os riscos de pegar Covid-19 durante o deslocamento. “Não existe, a princípio, nenhum prejuízo em tomar uma outra vacina se você já foi vacinado, mas também não temos estudos e dados que possam comprovar algum benefício”, afirma.

Para quem recebeu uma primeira dose e ainda espera pela segunda aplicação, André sugere paciência. “No caso da segunda dose, a recomendação é que ela não seja trocada. Não existe fazer a imunização com uma vacina e tomar o reforço com outra.”

No Brasil, o Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê, até o momento, o uso de três fórmulas aprovadas no país. Estão em curso a aplicação de doses da Coronavac, da vacina de Oxford/AstraZeneca e da vacina Pfizer/BioNTech. 

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