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Variante de Covid-19 da Califórnia é mais mortal, afirmam cientistas

Nova linhagem do vírus seria 40% mais eficiente para se propagar do que as outras linhagens em circulação

atualizado

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1 de 1 coronavírus ilustração - Foto: GettyImages

Cientistas da Universidade da Califórnia (UC San Francisco), nos Estados Unidos, acreditam que a nova variante do coronavírus encontrada no estado norte-americano provoca infecções mais graves e torna as vacinas menos eficazes do que as outras versões do vírus em circulação.

Eles acreditam que o conjunto de mutações encontradas na cepa denominada como B.1.427/B.1.429 faz dela uma “variante de preocupação” quando comparada às do Reino Unido (B.1.1.7), da África do Sul (B.1.351) e do Brasil (P.1).

A partir da coleta de 2,1 mil amostras de sangue na Califórnia entre setembro de 2020 e janeiro de 2021, os cientistas verificaram, em laboratório, que a variante é pelo menos 40% mais eficiente na infecção das células humanas. A análise aponta que as pessoas infectadas pela linhagem apresentariam cargas virais duas vezes mais altas do que os contaminados pelas outras variantes.

Em entrevista ao jornal Los Angeles Times, o pesquisador que liderou o estudo na UCSF, Charles Chiu, sugeriu que a nova cepa provavelmente será responsável por 90% das infecções do estado até o final de março.

“O diabo já está aqui. Eu gostaria que fosse diferente. Mas a ciência é a ciência”, disse Chiu.

Novas mutações

O detalhamento do genoma da B.1.427 / B.1.429 mostra três mutações que afetam a proteína spike, responsável por ligar o vírus às células humanas. Uma delas – a L452R – seria capaz de tornar a versão californiana do vírus ainda mais eficiente para se ligar às células-alvo do que as demais.

A cepa também parece ser mais resistente aos anticorpos neutralizantes gerados pelas vacinas ou após uma infecção, fator que facilitaria a reinfecção de pacientes.

Charles Chiu acrescentou que há a possibilidade das variantes da Califórnia e do Reino Unido estarem circulando em uma mesma localidade, o que possibilitaria a ocorrência de infecções simultâneas nas pessoas.

Os dados encontrados estão sendo analisados pelos departamentos de saúde pública de San Francisco. A pesquisa ainda não passou pela revisão de pares e deve ser publicada no final de semana na plataforma medRxiv.

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