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Remédio da classe do Ozempic evita progressão do Parkinson, diz estudo

Os pacientes com Parkinson que usaram a lixisenatida em um estudo clínico tiveram evolução mais lenta dos sintomas da doença

atualizado

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Um medicamento para diabetes tipo 2 semelhante ao Ozempic pode proteger os pacientes com Parkinson do avanço da doença. É o que mostra um estudo de fase 2 feito por pesquisadores da Universidade de Toulouse, na França.

A lixisenatida é um medicamento da classe dos agonistas do receptor GLP-1 fabricado pela farmacêutica francesa Sanofi e vendido sob as marcas Adlyxin e Lyxumia.

Assim como o Ozempic e Wegovy, produzidos pela Novo Nordisk, a lixisenatida simula os efeitos do hormônio intestinal responsável por regular a produção de insulina e os níveis de glicose no sangue, além de contribuir com a sensação de saciedade.

Em um estudo publicado na revista New England Journal of Medicine na quarta-feira (3/4), os cientistas detalham os resultados do estudo clínico com 156 pessoas diagnosticadas com Parkinson em estágio inicial. Os pacientes tinham idades entre 40 e 75 anos.

Os participantes foram separados em dois grupos: os medicados com lixisenatida e os com placebo, para comparação. Ao longo de um ano, os voluntários que receberam o placebo apresentaram piora de sintomas como tremor, lentidão, equilíbrio e rigidez, mostrando a progressão da doença.

Os indivíduos que receberam doses da lixisenatida, por outro lado, não tiveram piora nos sintomas da doença. A diferença entre os grupos foi observada quando os participantes realizaram tarefas simples, como caminhar, levantar-se e mover as mãos.

Ao final de um ano, todos os participantes do experimento interromperam o uso do medicamento por dois meses. Os dois grupos demonstraram piora nos sintomas da doença nesse intervalo, mas a diferença entre eles se manteve, sugerindo que a lixisenatida tinha atrasado a progressão da doença.

“É a primeira vez que temos resultados claros, que demonstram que tivemos impacto na progressão dos sintomas da doença. Acreditamos que a substância tem efeito neuroprotetor”, disse o neurologista e autor sênior da pesquisa, Olivier Rascol, em entrevista à agência AFP.

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Parkinson

O Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva. A condição afeta o sistema nervoso central dos pacientes, prejudicando principalmente os movimentos do corpo.

Os sintomas incluem tremores, movimentos lentos, dificuldade de fala e problemas de equilíbrio, que pioram com o tempo.

Os pesquisadores ponderam que estudos mais longos e robustos, com uma quantidade maior de participantes, precisam ser feitos para comprovar os efeitos benéficos do medicamento no tratamento do Parkinson, bem como sua segurança.

Os participantes do estudo apresentaram efeitos colaterais comuns ao uso dos medicamentos da classe dos agonistas do receptor GLP-1, como náuseas, vômitos e refluxo. Alguns pacientes também apresentaram perda de peso.

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