OMS lança estratégia para preparar países contra novas pandemias

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, nesta quarta-feira (26/4), uma nova estratégia para orientar os países a se prepararem melhor para futuras pandemias.

A Iniciativa de Preparação e Resiliência para Ameaças Emergentes (PRET) traz recomendações sobre o planejamento integrado de resposta a qualquer vírus respiratório passível de se tornar uma ameaça global – como o influenza ou o coronavírus –, ao invés de focar em apenas uma doença específica.

“Em vez de se concentrar em patógenos ou doenças específicos, o PRET adota uma abordagem integrada ao planejamento pandêmico, concentrando-se em grupos de patógenos e nos sistemas que eles afetam”, explica o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa concedida nesta quarta.

A PRET incorpora os aprendizados com abordagens e ferramentas adquiridos durante a pandemia da Covid-19 e outras emergências de saúde pública recentes. Na opinião da OMS, os países precisam estar preparados operacionalmente para responder às ameaças de doenças infeciosas, com planos de preparação personalizados para serem usados a qualquer momento, melhorando a coordenação e colaboração com outros setores que possam estar relacionados, como o da agricultura.

“As atividades de preparação, prevenção e resposta não devem ser exclusivas do setor da saúde. Assim como as emergências de saúde têm impactos em muitos setores, nossos esforços de preparação e resposta também devem abranger setores, disciplinas e patógenos”, afirma Ghebreyesus.

Etapas

No primeiro momento, o PRET se concentrará nos vírus respiratórios, incluindo influenza, coronavírus, vírus sincicial respiratório (RSV) e patógenos ainda desconhecidos.

“Dada a pandemia da Covid-19 em andamento e a possível ameaça da gripe aviária, este módulo permitirá que os países revisem, testem e atualizem criticamente seus esforços de planejamento de pandemia respiratória para garantir que tenham as capacidades funcionais em vigor”, afirma a OMS, em comunicado.

Também está em andamento um trabalho para identificar o próximo grupo de patógenos que podem ser tratados na iniciativa, como os arbovírus.

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