metropoles.com

OMS: casos de hepatite misteriosa já foram registrados em 32 países

Autoridades suspeitam que infecção prévia do coronavírus possa persistir no trato digestivo das crianças doentes

atualizado

Compartilhar notícia

SEBASTIAN KAULITZKI/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
Ilustração do corpo humano com figado em evidencia - Metrópoles
1 de 1 Ilustração do corpo humano com figado em evidencia - Metrópoles - Foto: SEBASTIAN KAULITZKI/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, nesta terça-feira (17/5), que já recebeu notificações de 32 países sobre casos de internação de crianças com complicações hepáticas sem causa definida.

De acordo com a médica Philippa Easterbrook, cientista sênior no departamento de HIV e hepatite da OMS, 12 nações investigam mais de cinco casos localmente, a maioria delas localizadas na Europa. Até 75% das crianças afetadas têm menos de 5 anos; 26 precisaram ter o fígado transplantado e seis morreram.

0

No Brasil, a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, monitora 44 casos em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.

“Casos de hepatite em crianças sempre ocorreram, mas eram raros. Agora estamos trabalhando com pesquisas em vários países para estabelecer se há algum ponto em comum em todos esses relatórios”, disse Philippa Easterbrook durante coletiva de imprensa da OMS.

Causa

A hepatite é uma inflamação do fígado. As causas mais comuns para o problema são infecções pelos vírus A, B, C, D e E da hepatite, consumo de água e alimentos contaminados, intoxicação medicamentosa ou alcoólica. Nos casos acompanhados pela OMS, essas causas já foram descartadas.

A principal suspeita da OMS é uma infecção prévia pelo coronavírus seguida de uma virose provocada pelo adenovírus. “A principal hipótese está associada ao adenovírus e à infecção da Covid-19. Estamos avaliando se a infecção prévia da Covid-19 pode ter persistido no trato digestivo dessas crianças ou se a virose pode ter sido o gatilho para a hepatite”, contou.

“Sabemos que a infecção pelo coronavírus pode levar à hepatite em adultos, mas precisamos investigar essa relação em crianças”, continuou a médica.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia