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Novos neurônios podem restaurar memória em pacientes com Alzheimer

Cientistas descobriram que, em camundongos, elevar a produção de neurônios pode ser benéfico para recuperar armazenamento de memórias

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Ilustração colorida de neurônios e nervos - Metrópoles
1 de 1 Ilustração colorida de neurônios e nervos - Metrópoles - Foto: Andriy Onufriyenko/Getty Images

Um estudo publicado na revista científica Journal Experimental Medicine por cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, revelou que o aumento da produção de neurônios pode restaurar a memória de pacientes com Alzheimer. A pesquisa foi publicada na última sexta-feira (19/8) e representa uma estratégia possível para o tratamento da doença.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 1,2 milhão de pessoas vivem com Alzheimer e outras 100 mil são diagnosticadas a cada ano com a doença. O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa perdas cognitivas, como a memória. Atualmente, ainda não existe cura para a condição.

O estudo, feito com camundongos portadores de Alzheimer, impulsionou nos animais um processo chamado neurogênese, que produz novos neurônios para o cérebro. Os cientistas usaram engenharia genética para “desligar” um gene relacionado à morte de células-tronco neurais, que dão origem aos neurônios — assim, mais células cerebrais foram criadas.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista
Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Depois do procedimento, os camundongos passaram a apresentar um número maior de novos neurônios. Segundo os cientistas, as células podem se incorporar aos circuitos neurais e recuperar a função de armazenamento de memórias. Os animais passaram em dois testes diferentes, atestando que as falhas na memória em decorrência do Alzheimer podem estar associadas a erros na neurogênese.

Os cientistas também fizeram o processo contrário. Eles inativaram os neurônios recém-formados nos camundongos com Alzheimer e, com isso, foi observada a perda dos benefícios da elevação da neurogênese, impedindo qualquer tipo de melhora na memória dos animais.

“No entanto, o papel dos neurônios recém-formados na formação da memória e se os defeitos na neurogênese contribuem para as deficiências cognitivas associadas ao Alzheimer não são claros”, explica o professor Orly Lazarov, um dos autores do estudo, ao site EurekAlert.

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