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Novembro azul: alimentação pode aumentar risco de câncer de próstata

Ingestão de alimentos pobres em nutrientes, aliado ao baixo consumo de frutas e hortaliças, pode aumentar o risco para câncer de próstata

atualizado

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Foto colorida de laço azul com bigode
1 de 1 Foto colorida de laço azul com bigode - Foto: Divulgação

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil. Estima-se que, somente em 2022, o país deve ter cerca de 62.840 novos casos da doença. O Novembro Azul é um movimento internacional de conscientização da enfermidade, que ainda é cercada de preconceitos.

Existem várias formas de prevenir a doença. No entanto, o hábito de se alimentar de forma saudável tem se mostrado cada vez mais eficiente para evitar o desenvolvimento do câncer de próstata. Na literatura médica, há pesquisas que apontam a relação entre o consumo excessivo de gordura e a enfermidade.

“É importante abordar a alimentação como fator de prevenção do câncer de próstata durante o Novembro Azul. Além de manter hábitos de vida saudáveis, o combate à doença também se faz com a consulta anual ao urologista, atitude essencial para diagnosticar um eventual tumor ainda em fase inicial, quando as chances de cura são maiores”, explica o cirurgião oncológico Gustavo Guimarães, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Um estudo recente, publicado na revista científica BMC Medicine e conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, indicou a obesidade e o sobrepeso como fatores de risco para o câncer de próstata.

Alimentação do brasileiro

A pesquisa Vigitel 2021, do Ministério da Saúde, mostra que o homem brasileiro ainda se alimenta de forma muito ruim. A dieta rica em carnes gordurosas, ultraprocessados e refrigerantes causa inflamação no organismo, e pode desencadear o desenvolvimento do câncer.

Segundo o levantamento, o percentual de homens adultos entre 18 e 24 anos que costumam consumir carnes com excesso de gordura é de 51,52%. Conforme a idade a avança, o consumo diminui, mas ainda é alto: 46,64% (25 a 34 anos); 43,73% (35 a 44); 39,99% (45 a 54); 34,15% (55 a 64); e 31,72% (mais de 65).

Os dados da Vigitel mostram que o consumo de hortaliças deixa a desejar entre as pessoas do sexo masculino. O percentual de homens adultos que consomem hortaliças cinco ou mais dias por semana fica entre 22% e 36% nas diferentes faixas etárias pesquisadas.

A ingestão diária de refrigerantes é outro hábito prejudicial à saúde e causador de câncer a longo prazo. Ainda de acordo com a pesquisa, o percentual de homens adultos que afirmaram tomar refrigerantes em cinco ou mais dias da semana foi de 21,04%, na faixa etária entre 18 e 24 anos, e 24,89%, entre 25 e 34 anos. Entre os mais velhos, o consumo foi menor.

Outro alimento que aumenta o risco de desenvolver câncer são os ultraprocessados. Eles também ocupam espaço considerável na alimentação dos homens. Aos pesquisados, o inquérito do Vigitel perguntou se haviam consumido cinco ou mais grupos desse tipo de alimento no dia anterior à entrevista.

Responderam afirmativamente: 27,15% (na faixa entre 18 e 24 anos); 29,18% (25 a 34 anos); 25,33% (35 a 44 anos); 16,66% (45 a 54 anos); 11.21% (55 a 64 anos); e 10,9% (mais de 65 anos).

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Câncer de próstata

O câncer de próstata tem evolução silenciosa e não costuma apresentar sinais ou, quando apresenta, pode ser confundido com um crescimento benigno da glândula. Logo, caso tenha alguns dos sintomas abaixo com persistência superior a duas semanas, vale a pena ficar atento e procurar um médico para avaliação:

  • Dor e ardência ao urinar;
  • Dificuldade para urinar e para conter a urina;
  • Fluxo de urina fraco ou interrompido;
  • Necessidade frequente ou urgente de urinar;
  • Dificuldade de esvaziar completamente a bexiga;
  • Sangue na urina e no sêmen;
  • Dor contínua na região lombar, pelve, quadris ou coxas;
  • Dificuldade em ter ereção.

O tratamento do câncer de próstata é feito de forma individualizada, ou seja, leva em conta variáveis como idade, tipo do câncer, estágio, estadiamento, estado clínico e emocional do paciente.

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