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Excesso de sol na cabeça pode comprometer o cérebro, diz especialista

Exposição prolongada ao sol na cabeça pode diminuir a coordenação motora e levar até a impactos na saúde a longo prazo

atualizado

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Genaro Molina / Los Angeles Times via Getty Images
Imagem colorida de proteção contra o calor, homem evitando o sol na cabeça clima
1 de 1 Imagem colorida de proteção contra o calor, homem evitando o sol na cabeça clima - Foto: Genaro Molina / Los Angeles Times via Getty Images

Todo mundo já sabe: se for se expor ao sol, é imprescindível o uso de filtro solar. Porém, a longo prazo, a incidência intensa de raios solares na cabeça pode causar problemas além da pele: segundo um estudo brasileiro, o aumento da temperatura pode afetar a saúde do cérebro.

O neurocirurgião Feres Chaddad, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), aponta que a exposição prolongada de sol na cabeça pode provocar disfunção do sistema nervoso central, prejudicando a coordenação da musculatura e até o raciocínio.

“As pesquisas relacionadas sobre os efeitos da insolação ao longo dos anos ainda são muito recentes. Mas, o que é fato até aqui, principalmente diante das alterações climáticas que temos vivenciado, é a necessidade de incluir o efeito do aquecimento radiativo da luz solar na cabeça e pescoço em futuras avaliações científicas”, explica Chaddad.

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Consequências do sol na cabeça

Segundo ele, a exposição direta da cabeça à radiação solar pode aumentar a temperatura cerebral. Os raios solares penetram por alguns milímetros na pele, aquecendo o tecido subjacente. Em pessoas carecas, que têm mais pele exposta, o risco é maior.

“A exposição prolongada da cabeça e pescoço pode provocar uma elevação da temperatura da região em até 1°C, prejudicando toda a coordenação muscular e motora. Considerando que o organismo deve manter uma temperatura interna entre 36,7°C e 37,5°C para o funcionamento correto, este aumento já é o bastante para comprometer as funções cerebrais”, indica o neurocirurgião.

No curto prazo, os efeitos negativos vão desde desconforto até a diminuição da capacidade de raciocínio. “O indicador neurológico mais claro é a confusão e desorientação causadas por um tipo de ‘pane’ do sistema nervoso central. Ela pode se manifestar como mudanças de humor mais extremas e dificuldade de processamento de informações”, salienta Feres.

Consequências mais graves

Caso as temperaturas subam a um grau ainda mais alto, o paciente pode ter hipertermia, quando a temperatura corporal aumenta a ponto de iniciar uma espécie de “cozimento” dos órgãos que pode até matar.

As consequências podem ser também de longo prazo. “Em alta incidência e a longo prazo, os raios solares podem acarretar danos neurológicos como a disfunção do cerebelo, região da coordenação dos nossos movimentos, que pode ser permanentemente danificada”, explica.

Para evitar estas consequências, além de evitar se expor ao sol direto sem proteção, o especialista recomenda adotar estratégias de controle para diminuir a temperatura corporal, como a hidratação apropriada e o uso de ventiladores e ar-condicionados.

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